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Depois da confusão e perda de credibilidade causadas por manobras contábeis para atingir as metas fiscais no ano passado, a ordem agora em Brasília é seguir a máxima que servia à mulher de César, imperador romano: "Não basta ser honesta, tem de parecer honesta".
Segundo afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo não vai mais recorrer à "contabilidade criativa" para fechar suas contas. A duas semanas de encerrar o exercício de 2013, a promessa de Mantega será testada pela primeira vez.
"A ordem neste ano e nos próximos é que uma transação deve também parecer correta. No caso de uma operação que seja perfeitamente correta, mas que não pareça, ela não será feita", disse Mantega, em entrevista na quinta-feira, em São Paulo.
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Confiante na aceleração da economia, Mantega afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 deve crescer acima da provável taxa de 2,5% esperada para este ano, e o avanço será sustentado na desvalorização do câmbio e nas desonerações tributárias implementadas desde o início da gestão Dilma Rousseff.
De acordo com Mantega, a questão fiscal não será um problema para a economia brasileira no ano que vem, uma vez que a arrecadação de tributos voltará a crescer em ritmo forte.
Prestes a se tornar a autoridade que mais tempo comandou o Ministério da Fazenda, e atravessando um período de críticas do mercado financeiro à política econômica, Mantega afirmou que a harmonia entre a Fazenda e o Banco Central voltará a acontecer "naturalmente" em 2014. Para ele, a retomada da economia americana vai facilitar o trabalho da política econômica brasileira.
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