Privatização

Manifestantes e PM entram em confronto na Alesp em sessão sobre privatização da Sabesp

Presidente da Assembleia, André do Prado (PL), precisou suspender a sessão e a galeria foi esvaziada

Folhapress

Publicado em 06/12/2023 às 19:39

Atualizado em 06/12/2023 às 20:38

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Momento em que manifestantes tentaram invadir o plenário da Alesp / Reprodução

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Manifestantes contrários a privatização da Sabesp (Companhia do Saneamento Básico do Estado de São Paulo) entraram em confronto com a Polícia Militar no plenário da Assembleia Legislativa, que vota a desestatização da empresa nesta quarta-feira (6).

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Eles tentaram derrubar um vidro que separa a audiência dos deputados. A PM, que faz a segurança da Alesp, tentou conter. Após minutos de confusão, os policiais agiram com cassetetes e spray de pimenta.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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O presidente da Assembleia, André do Prado (PL), precisou suspender a sessão e a galeria foi esvaziada.

Deputados, muitos deles idosos, saíram do plenário chorando com os efeitos da reação da PM, que atingiu também jornalistas na galeria de imprensa. Há uma deputada grávida, Paula da Bancada Feminista (PSOL). Os manifestantes fazem parte de sindicatos como a Apeoesp e o Sintaema.

A proposta autoriza o governo a diminuir sua participação na companhia, hoje em 50,3%, mas não define qual será a parcela estatal na companhia.

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A gestão Tarcísio afirma que ficará com "algo entre 15% e 30%", mas a definição deve vir apenas na próxima fase de estudos, em janeiro -portanto ainda é impossível estimar quanto o governo poderá arrecadar com a venda.

Apesar da redução, o texto prevê que o governo manterá uma ação preferencial de natureza especial com poder de veto em algumas decisões do conselho da companhia. Trata-se da chamada "golden share".

O governo paulista diz que a desestatização da Sabesp permite aumentar os investimentos da companhia em modernização, antecipar a universalização do acesso a água e esgoto de 2033 para 2029 e baratear a tarifa para o consumidor.

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A oposição diz que a privatização vai afetar os serviços de regiões que hoje não dão lucro, que o barateamento da tarifa dependerá de subsídio do governo e que a empresa pública também tem condições de antecipar a universalização do tratamento.

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