Política

Maduro: Venezuela enfrenta campanha internacional para dividir o continente

O presidente da Venezuela falou que enfrenta “uma tremenda campanha que busca gerar violência no país”, que vai contra a “revolução bolivariana”

Publicado em 22/02/2014 às 00:23

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje (22) que a América Latina enfrenta uma campanha da direita internacional para dividir o continente e também uma campanha dos meios de comunicação estrangeiros que “veiculam a imagem de que o país está à beira de uma guerra civil”.

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Em uma conversa com correspondentes internacionais no fim da tarde, Maduro falou que enfrenta “uma tremenda campanha que busca gerar violência no país”, que vai contra a “revolução bolivariana”, e que, em última instância, quer dividir a região.

“Os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, do Chile, Sebastián Piñera, e do Panamá, Ricardo Martinelli, se deixaram levar pela pressão do Departamento de Estado dos Estados Unidos”, disse. Os três chefes de Estado deram declarações esta semana defendendo o direito de manifestação e pediram que o governo Maduro dialogasse com a oposição.

Maduro também citou nomes de empresas de comunicação que, na visão dele, estariam à serviço de “gerar violência no país”. “É isso [provocar uma guerra] que alguns canais internacionais como a CNN, Telemundo, Univision e Fox New querem mostrar”.

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Nicolás Maduro disse hoje (22) que a América Latina enfrenta uma campanha da direita internacional para dividir o continente (Foto: Divulgação)

O presidente voltou a dizer que existe uma campanha mundial contra o país, com a qual se pretende justificar uma intervenção de alguma força externa nos assuntos internos da Venezuela. O presidente também convocou o presidente norte-americano Barack Obama para dialogar.

“Convoco você, presidente Obama, a um diálogo e designo o chanceler Elías Jaua para conversar com John Kerry [secretário de Estado norte-americano]. Aceite o desafio”, disse. Ele acusou o governo dos Estados Unidos de ter dado “luz verde” para um plano para retirá-lo do poder. “Ainda que neguem umas mil vezes, sei que isso aconteceu”.

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No campo interno, Maduro também disse que não protegerá a ninguém que tenha usado armas nos recentes protestos no país. “Inclusive se são funcionários público, ou seguidores do chavismo”, disse. “Não protejo a ninguém que dispare em alguém durante manifestação”.

O presidente ressaltou que os funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) que atuaram contra manifestantes no último dia 12  desobedeceram a ordem de voltarem ao quartel e permaneceram nas ruas.

“Pedi que ninguém saísse às ruas e muito menos com armas. E saíram com armas. Isso se parece muito com o formato do golpe de Estado de 2002. Eu estou investigando tudo isso e se descobrirmos elementos de que há conspiradores dentro do governo ou de que se tenha comprado algum funcionário, eu revelaria ao país”, disse.

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