Política

Maduro quer ampliar relações com Brasil e pede respeito aos Estados Unidos

Segundo ele, os governos do Brasil e da Venezuela devem retomar as reuniões periódicas que haviam nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, morto em 2013

Publicado em 02/01/2015 às 12:22

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reuniu-se hoje (2) com a presidenta Dilma Rousseff e disse que os dois governos pretendem ampliar a cooperação em áreas como indústria e tecnologia, no âmbito bilateral e do Mercosul.

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“Já há iniciativas no campo alimentar, no campo farmacêutico e em outros que vão se abrir. Vamos dinamizar toda a agenda, sobretudo da cooperação econômica, industrial, tecnológica, agrícola, agroalimentar. Temos uma base muito bem construída durante 12 anos desse novo tipo de relacionamento entre Brasil e Venezuela”, avaliou, ao deixar o Palácio do Planalto. Maduro veio à Brasília para a posse de Dilma.

Segundo ele, os governos do Brasil e da Venezuela devem retomar as reuniões periódicas que haviam nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, morto em 2013.

Maduro disse que agradeceu a Dilma pelo apoio do governo brasileiro em relação às novas sanções impostas pelos Estados Unidos contra a Venezuela. No começo de dezembro, o Senado americano aprovou uma lei com medidas como o congelamento de ativos e a rejeição da concessão de vistos para pessoas ligadas ao Executivo da Venezuela. As sanções foram criticadas pelo Mercosul e pela União de Nações Sul-Americanas.

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Maduro disse que agradeceu a Dilma pelo apoio do governo brasileiro em relação às novas sanções impostas pelos Estados Unidos contra a Venezuela (Foto: Divulgação)

O venezuelano disse que teve um encontro “cordial” com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, antes da posse de Dilma. “Nos cumprimentamos como deve ser, no ambiente que deveria haver sempre, de respeito. O que já havíamos pedido mil vezes aos Estados Unidos em público e privado, uma relação de respeito, mais nada”. Maduro disse que a Venezuela tem um governo “admirado e apoiado” em todo o continente e que os Estados Unidos precisam respeitar sua gestão.

“Creio que ele [Biden] se deu conta, no tempo que aqui esteve, que temos uma relação de cordialidade, de irmandade dentro da diversidade. É a grande virtude da América do Sul: as distintas posições políticas, os distintos projetos hoje convivem, trabalham de maneira cooperativa. Na América do Sul cabemos todos. E creio que os americanos devem entender isso”, avaliou.

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Além de Maduro, Dilma recebe na primeira manhã de trabalho do segundo mandato o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, o vice-presidente da China, Li Yuanchao, e o presidente da Guiné-Bissau, Mário José Vaz.

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