Política
Segundo Maduro, foi "aberto um canal diplomático muito importante" com a reunião que ocorreu no último sábado (13), em Porto Príncipe, no Haiti
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje (16) que o seu governo espera "normalizar" em breve as relações diplomáticas com os Estados Unidos e que Caracas acredita "na diplomacia de paz, do respeito e no não intervencionismo".
Segundo Maduro, foi "aberto um canal diplomático muito importante" com a reunião que ocorreu no último sábado (13), em Porto Príncipe, no Haiti, entre o presidente do Parlamento venezuelano, Diosdado Cabello, e um conselheiro do Departamento de Estado norte-americano, em um encontro de "aproximação bilateral".
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"No sábado passado, houve uma reunião oficial entre enviados especiais. Como vocês sabem, há mais de um ano que designei o companheiro Diosdado Cabello como chefe de uma delegação diplomática especial” para liderar a normalização das relações com os Estados Unidos “na base do respeito", disse.
Nicolás Maduro falou no Palácio Presidencial de Miraflores, em Caracas. Ele destacou o trabalho do embaixador da China na Venezuela, Zhao Rongxiang, que cumpriu cinco anos de missão pelo desenvolvimento das relações entre os dois países.
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"[Durante o encontro] conversaram sobre assuntos que têm a ver com o Haiti e o apoio ao país. Depois, houve uma reunião especial para tratar de assuntos bilaterais, para continuar a canalizar, pelas vias diplomáticas a normalização das relações com os EUA, com o presidente [Barack] Obama", contou.
No domingo (14), Diosdado Cabello informou que se reuniu no dia anterior com um conselheiro do Departamento de Estado norte-americano, em um encontro de "aproximação bilateral". O encontro com Thomas Shannon ocorreu no Haiti, com o patrocínio do presidente daquele país, afirmou Cabello em mensagem na rede social Twitter.
"A reunião foi realizada dentro do processo de aproximação, que leva os governos dos EUA e da Venezuela a normalizar as relações diplomáticas dentro do respeito à legislação internacional, à soberania e à autodeterminação dos povos", diz comunicado da Assembleia Nacional venezuelana.
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As relações entre Caracas e Washington caracterizam-se por serem tensas e difíceis. Desde 2010, que os dois países carecem de embaixadores, tendo o governo venezuelano acusado repetidamente vários funcionários norte-americanos de estarem por trás de atos para derrubar o presidente Nicolás Maduro.
Além de Diosdado Cabello (considerado o número 2 do chavismo), estiveram ainda presentes a ministra venezuelana de Relações Exteriores, Delcy Rodríguez, e a embaixadora dos EUA no Haiti, Pamela White.
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