O ministro Luís Roberto Barroso durante sessão do STF, em Brasília / Pedro Ladeira - 7.nov.2019/Folhapress
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve um encontro reservado em São Paulo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.
A conversa girou em torno de temas institucionais: o magistrado assumirá a presidência da Corte em outubro de 2023.
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Procurado pela reportagem, Barroso não quis se manifestar.
Lula já tinha visitado o tribunal no dia 9 de novembro, em uma reunião registrada pela imprensa. Na ocasião, foi recebido por dez magistrados -o único ausente foi Barroso, que estava viajando. Agora, os dois tiveram a oportunidade de se encontrar.
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Barroso foi indicado para o STF por Dilma Rousseff (PT) em maio de 2013. Na época, ele já era um renomado advogado, e defendeu casos de grande repercussão, como o que autorizou pesquisa com células-tronco embrionária, o direito à união de pessoas do mesmo sexo e a proibição do nepotismo.
Apesar de visões gerais convergentes com as do governo da época nestes temas, o ministro deu votos que contrariaram o PT em diversas ocasiões, especialmente na área penal.
Ele foi contra, por exemplo, o fim da possibilidade de prisão depois de julgamento em segunda instância -que permitiria que Lula fosse libertado, como acabou ocorrendo.
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As divergências geraram críticas de apoiadores de Lula. Mas elas nunca descambaram para ataques pessoais ou institucionais, o que, segundo interlocutores de ambos, facilita hoje a abertura de um diálogo institucional.
Já o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), elegeu Barroso como um de seus alvos preferenciais quando posições que defendia foram contrariadas pelo magistrado.
Os ataques se intensificaram quando Barroso presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendendo a integridade das urnas eletrônicas e se contraponto a discursos golpistas de Bolsonaro, que atacava o sistema eleitoral.
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Lula pretende conversar diretamente com outros magistrados do Supremo, segundo aliados.
O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), que acompanhou Lula na visita ao STF no começo do mês, afirmou depois à imprensa que a "era de ataques" aos magistrados da Corte "acabou".
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