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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu com surpresa a notícia de que a Procuradoria da República no Distrito Federal abriu um procedimento investigatório criminal (PIC) para apurar suposto tráfico de influência do ex-presidente.
Segundo a assessoria do ex-presidente, a avaliação é que a procuradora não teve tempo hábil para analisar a documentação que foi entregue por Lula para explicar sua relação com a construtora Odebrecht em viagens internacionais. "Acabamos de entregar todas as informações solicitadas pela procurada Mirela de Carvalho Aguiar. Consideramos que ela teve pouco tempo para analisar esse material, que ficou bastante extenso e detalhado", afirmou a assessoria de Lula.
O ex-presidente diz entender que faz parte das atribuições do Ministério Público investigar denúncias, mas reforçou que suas atividades não foram ilegais. "Temos certeza absoluta da legalidade e lisura de todas as nossas atividades", informou o Instituto Lula.
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A suspeita é de que a Odebrecht teria obtido vantagens com agentes públicos de outros países por meio de influência do ex-presidente Lula. Reportagem do jornal O Globo revelou recentemente que o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar acompanhou o ex-presidente Lula em um périplo por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013.
A empresa teria pagado as despesas do voo do ex-presidente, mesmo não sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira. No documento do voo, está registrado como "passageiro principal: voo completamente sigiloso." A empreiteira é uma das investigadas na Operação Lava Jato.
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