Política

Lula questiona se ataque político à esquerda na Espanha não se repete no Brasil

De acordo com o ex-presidente, Felipe González ajudou o país a crescer e promoveu inclusão social após décadas de ditadura

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/06/2015 às 19:03

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou nesta quarta-feira, 24, em postagem no Facebook, se os ataques feitos ao político espanhol Felipe González quando este era premiê daquele país, de 1982 a 1996, não são parecidos com os recebidos pelos governos do PT.

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González foi secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de 1974 a 1997 e o terceiro presidente do governo da Espanha desde a reinstauração da democracia no país. Em evento promovido nesta segunda-feira, 22, no Instituto Lula, em São Paulo, o político espanhol disse, ao lado do ex-presidente brasileiro, que, quando estava no poder, foi alvo de um ataque contínuo e permanente.

González citou uma declaração que teria sido feita por um diretor do jornal conservador espanhol ABC, de acordo com a qual havia uma estratégia para derrubar o governo que ele dirigia. "(O diretor) Disse uma coisa notável: 'Tivemos de colocar em perigo inclusive a estabilidade do Estado para tentar tirar Felipe González do poder'", declarou o espanhol.

O ex-presidente Lula questionou se o ataque político à esquerda na Espanha não se repete no Brasil (Foto: Agência Brasil)

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Lula afirmou, na postagem, que o político era popular na Espanha. De acordo com o ex-presidente, González ajudou o país a crescer e promoveu inclusão social após décadas de ditadura. "Será que não estamos vendo algo parecido no Brasil?", perguntou Lula, sem, no entanto, responder à pergunta.

No evento, o ex-presidente disse que o PT perdeu parte do sonho, da utopia. Lula fez um discurso sobre a necessidade de o partido se renovar e atrair a juventude, com duras críticas a posturas vistas hoje na legenda que ajudou a criar. "O PT perdeu um pouco do sonho, da utopia. A gente só pensa em cargo, em ser eleito, ninguém trabalha de graça mais (pelo partido)", disse.

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