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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira a expansão de parcerias entre o Brasil e países da América do Sul para o fortalecimento da região. Em vídeo postado em seu perfil no Facebook, Lula criticou os que condenam a política externa brasileira e ressaltou a importância da continuidade das relações com os Estados Unidos e com a Europa por serem estratégicas para o País.
"Nós temos um mercado de praticamente 400 milhões de habitantes, nós temos um mercado de 5 trilhões de dólares, ou seja, um PIB muito importante na América do Sul e nós exploramos 30% do que poderíamos explorar, seja do ponto de vista de integração física ou de integração política, social, cultural, educacional", avaliou. "Isso é que vai dar solidez para a América do Sul se transformar tão forte como a União Europeia."
Lula também afirmou que a busca por um fortalecimento entre os países da região deve ser o posicionamento da presidente Dilma Rousseff em segundo governo. "Tenho certeza que a presidente Dilma vai retomar isso com muita força", comentou. "Ela vai fortalecer e calçar o nosso alicerce, que é exatamente com os nossos vizinhos de um lado", acrescentou. No vídeo, também afirmou que a região será forte "o dia em que a gente acreditar na gente mesmo".
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Lula também relembrou a participação em um encontro do G-20, quando ainda era presidente e defendeu a criação de novos consumidores por países pobres da América Latina, da Ásia e da África, para o fortalecimento das regiões. O ex-presidente sustentou que Estados Unidos e Europa são parceiros estratégicos para o País, nas áreas política e econômica, mas lembrou da importância de ficar menos dependente desses blocos. Nesse sentido, ele citou o fortalecimento do Mercosul e União de Nações Sul-Americanas (Unasul), além das relações com África, Oriente Médio e China. Também lembrou que não apoiou a criação da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca).
Sem citar nomes, criticou os que não acreditam nesse projeto e chamou de "vira-latas" os que continuam acreditando que "os outros são melhor do que a gente". Disse que, no caso da política externa, "são as pessoas que acham que tudo tem que ser feito contra os Estados Unidos e com a Europa".
Esse foi o quarto vídeo divulgado pelo ex-presidente na rede social. Em um deles, tratou sobre a disputa apertada com o candidato Aécio Neves (PSDB) e negou que o País estivesse dividido após o processo eleitoral. Em outros dois vídeos, Lula afirmou que as ofensas contra o PT ajudaram a disseminar o ódio nas eleições e exaltou os programas sociais do atual governo.
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