Política
Seguindo a política de expansão internacional da companhia, orientada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram realizados investimentos na China, Japão, Índia e África, segundo Cerveró
Continua depois da publicidade
O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmou nesta quinta-feira, 22, que, quando assumiu o cargo em 2003, a estatal elevou sua participação internacional, de oito países para 26 em 2008. "Estendemos a presença da Petrobras em todos os países da América do Sul", disse, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a Petrobras no Senado.
Seguindo a política de expansão internacional da companhia, orientada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram realizados investimentos na China, Japão, Índia e África, segundo Cerveró. Foi nesse contexto, disse, que a estatal optou pela aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. "A compra visava transformar e adaptá-la para processar petróleo pesado", declarou.
A presidente da República Dilma Rousseff comandava, quando ministra da Casa Civil em 2006, o conselho de administração da Petrobras. Ela sustentou que só apoiou a compra de 50% da refinaria porque não tinha conhecimento das cláusulas Put Option, que obrigava a Petrobras a comprar a outra metade da refinaria em caso de desentendimento com a sócia Astra Oil, e Marlim, que garantia lucro mínimo aos belgas mesmo que o negócio não desse lucro. Dilma também sustentou que o resumo técnico encaminhado ao conselho não citava as duas cláusulas. Ao final, a transação ocasionou um prejuízo bilionário para a Petrobras.
Continua depois da publicidade
Cerveró foi demitido da diretoria financeira da BR Distribuidora depois de ter sido apontado como o responsável por elaborar o resumo técnico defendendo a transação entre a Astra Oil e a Petrobras. Anteontem, os senadores ouviram o ex-presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, que amenizou a responsabilidade da presidente Dilma na aprovação da compra.