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Em meio à guerra que a presidente argentina, Cristina Kirchner, trava com o Grupo Clarín, com ameaças de intervenção oficial na companhia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso, nesta quinta-feira, em Buenos Aires, com um forte conteúdo político em defesa dela e contra a imprensa.
"Podem vir todos os jornais, todos os canais de televisão que quiserem que não poderão negar o apoio que este governo tem", desafiou Lula referindo-se à Cristina, durante inauguração de uma universidade do sindicato dos porteiros e zeladores de edifícios. Lula sugeriu aos argentinos que "não deixem os adversários escreverem a história do que vocês (Néstor Kirchner e Cristina) representam para a Argentina".
"Faz dois anos e meio que deixei o governo. Eu pensei que a nossa imprensa, no Brasil, fosse parar de falar mal de mim. Mas hoje falam mal de mim e da (presidente) Dilma (Rousseff)", reclamou. "Às vezes, eu tenho a impressão de que a imprensa está exilada dentro de nosso país. Está isolada. Quando nos criticam, dizem que é democracia e quando nós os criticamos, dizem que estão sendo atacados", afirmou Lula, arrancando aplausos de uma plateia formada por ministros, assessores e muitos militantes que cantaram "olé, olé, olé, Lula, Lula".
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Segundo Lula, "setores conservadores não entendem o que aconteceu no Brasil na última década, como nunca entenderam o que houve entre os anos 40 e 50 na Argentina e não entendem o que está acontecendo agora". Em seu discurso interrompido em várias oportunidades pelos aplausos, Lula falou que seu governo e o de Dilma, no Brasil, e de Néstor e Cristina, trabalharam pela igualdade.
Cristina fechou a solenidade enaltecendo os governos de Lula, Néstor, Dilma e dela própria: "Dizem que os nossos governos são populistas. Não é verdade. São governos que creem na igualdade, que dão direito de escolher a vida que querem ter".
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