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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a necessidade de uma reforma política no País. Em palestra ontem para cerca de 400 líderes sindicais ligados à Federação dos Químicos, em Praia Grande, Lula disse que a política “está desmoralizada”. “Eu diria até apodrecida”, afirmou, ressaltando que o Brasil não pode permitir que se criem partidos de aluguel
Lula defendeu a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, argumentando que ainda há muito a ser feito. “Não me contento com o que a gente fez, numa escala de dez degraus, subimos só dois”, afirmou em palestra no 8º Congresso da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), em Praia Grande.
Segundo Lula, agora é o momento de pensar “o que queremos ser daqui para frente”. “Não existe a possibilidade de esse País não ir pra frente, de ter retrocesso”, afirmou. “Precisamos levantar a cabeça e fazer reflexão profunda. O País tem que continuar andando para frente”.
O ex-presidente aproveitou seu discurso para defender a política econômica do governo petista, mas admitiu que o crescimento do País é modesto. “É verdade que economia não está crescendo tanto, eu gostaria que estivesse crescendo 4%, 5%”, disse. “Mas o comércio do mundo diminuiu, a China, que crescia 14%, está crescendo 7%”, completou.
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Lula alfinetou, na fala, os “países ricos” e disse que a crise mundial aconteceu “no coração” deles. “(Países ricos) Poderiam ter humildade e perguntar para nós que nós ensinamos (como sair da crise)”, afirmou. Segundo ele, o governo Dilma Rousseff está atento e não deixará a inflação fugir da meta e que ela está assim “há doze anos”. “Quem já viveu inflação como nós não quer que ela volte. Se tem alguém que perde com a inflação é quem vive de salário”, afirmou. “É por isso que a Dilma cuida disso (controle da inflação)”.
A Fequimfar, que é ligada à Força Sindical, apoiou Lula e Dilma nas últimas eleições. Este ano, no entanto, ainda não há uma definição, mas a diretoria da Força declarou apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB). A entidade representa mais de 180 mil trabalhadores.
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Um dos objetivos da presença de Lula é tentar costurar o apoio da Fequimfar à candidata e atual presidente Dilma Rousseff. Os dirigentes da Força costumam ressaltar que a entidade é pluripartidária e já há registro de dissidentes que não estão com o candidato tucano.
Além de Lula, estiveram no evento o prefeito de São Bernardo e coordenador da campanha de Dilma em São Paulo, Luiz Marinho, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e o presidente da CUT, Vagner Freitas.