PRESIDENTE DA CÂMARA

Lira diz que Petrobras deu 'tapa na cara' do País ao aumentar combustíveis

'O aumento de hoje foi um tapa na cara de um país que luta para voltar a crescer', escreveu em publicação nas redes sociais

Mônica Bergamo, da Folhapress

Publicado em 10/03/2022 às 19:49

Atualizado em 10/03/2022 às 19:52

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Arthur Lira / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou duramente o mega-aumento no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras nesta quinta-feira (10). O parlamentar acusou a estatal de insensibilidade e classificou a medida como "um tapa na cara" do Brasil.

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"Me causou espanto a insensibilidade da Petrobras com os brasileiros - os verdadeiros donos da companhia. O aumento de hoje foi um tapa na cara de um país que luta para voltar a crescer", escreveu em publicação nas redes sociais.

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"Quem conhece o Brasil, além dos gabinetes e escritórios, sabe o peso de comprar um botijão de gás ou encher o tanque", seguiu.

"Com o cenário global desafiador, até os governos mais ortodoxos estão avaliando como mitigar os impactos da pressão nos custos em todos os mercados", disse ainda. O deputado é candidato à reeleição no pleito deste ano.

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Pressionada pelo avanço das cotações do petróleo com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. As altas entram em vigor nesta sexta-feira (11).

No caso da gasolina, o reajuste para as distribuidoras é de 18,8%. O preço médio nas refinarias da estatal passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o aumento é ainda maior, de 24,9%. O valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51.

Segundo o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), foram os maiores reajustes ao menos desde o início da política atual de preços, em 2016. Com os aumentos anunciados nesta quinta, o preço da gasolina vendida pela Petrobras acumula alta de 24,5% em 2022. O preço do diesel vendido pela estatal subiu 35%.

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Considerando que a gasolina vendida pela Petrobras representa 73% da mistura vendida nos postos -o restante é etanol anidro- o reajuste nas refinarias terá impacto de R$ 0,44 por litro, elevando o preço médio nacional para a casa dos R$ 7 pela primeira vez na história.
Já o preço médio do diesel, considerando que todas as outras parcelas se mantenham inalteradas, chegaria a um valor em torno de R$ 6,40 por litro.

O gás de cozinha, conhecido como GLP (gás liquefeito de petróleo), terá seu primeiro reajuste após 152 dias. O preço médio de venda, para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16,1%.

O preço médio final do botijão de 13 quilos, mais usado em residências, tem permanecido estável em torno de R$ 102, nas últimas semanas. Com o reajuste da Petrobras, poderia passar para cerca de R$ 110, caso todas os outros componentes fiquem no mesmo patamar atual.

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Os reajustes foram anunciados em meio a debate no governo e no Congresso sobre a política de preços dos combustíveis da estatal, que prevê o acompanhamento das cotações internacionais do petróleo. Esta semana, a mudança de modelo ganhou apoio do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL).

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