PRESIDENTE DA CÂMARA
'O aumento de hoje foi um tapa na cara de um país que luta para voltar a crescer', escreveu em publicação nas redes sociais
Arthur Lira / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou duramente o mega-aumento no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras nesta quinta-feira (10). O parlamentar acusou a estatal de insensibilidade e classificou a medida como "um tapa na cara" do Brasil.
"Me causou espanto a insensibilidade da Petrobras com os brasileiros - os verdadeiros donos da companhia. O aumento de hoje foi um tapa na cara de um país que luta para voltar a crescer", escreveu em publicação nas redes sociais.
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"Quem conhece o Brasil, além dos gabinetes e escritórios, sabe o peso de comprar um botijão de gás ou encher o tanque", seguiu.
"Com o cenário global desafiador, até os governos mais ortodoxos estão avaliando como mitigar os impactos da pressão nos custos em todos os mercados", disse ainda. O deputado é candidato à reeleição no pleito deste ano.
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Pressionada pelo avanço das cotações do petróleo com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. As altas entram em vigor nesta sexta-feira (11).
No caso da gasolina, o reajuste para as distribuidoras é de 18,8%. O preço médio nas refinarias da estatal passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o aumento é ainda maior, de 24,9%. O valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51.
Segundo o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), foram os maiores reajustes ao menos desde o início da política atual de preços, em 2016. Com os aumentos anunciados nesta quinta, o preço da gasolina vendida pela Petrobras acumula alta de 24,5% em 2022. O preço do diesel vendido pela estatal subiu 35%.
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Considerando que a gasolina vendida pela Petrobras representa 73% da mistura vendida nos postos -o restante é etanol anidro- o reajuste nas refinarias terá impacto de R$ 0,44 por litro, elevando o preço médio nacional para a casa dos R$ 7 pela primeira vez na história.
Já o preço médio do diesel, considerando que todas as outras parcelas se mantenham inalteradas, chegaria a um valor em torno de R$ 6,40 por litro.
O gás de cozinha, conhecido como GLP (gás liquefeito de petróleo), terá seu primeiro reajuste após 152 dias. O preço médio de venda, para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16,1%.
O preço médio final do botijão de 13 quilos, mais usado em residências, tem permanecido estável em torno de R$ 102, nas últimas semanas. Com o reajuste da Petrobras, poderia passar para cerca de R$ 110, caso todas os outros componentes fiquem no mesmo patamar atual.
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Os reajustes foram anunciados em meio a debate no governo e no Congresso sobre a política de preços dos combustíveis da estatal, que prevê o acompanhamento das cotações internacionais do petróleo. Esta semana, a mudança de modelo ganhou apoio do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL).
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