Política
Apesar da crise que ameaça a sustentação do governo Dilma, líderes partidários acusam a oposição de criar um ambiente de instabilidade e dizem que o momento é de responsabilidade com o País
Continua depois da publicidade
Preocupados com o agravamento da crise política, partidos governistas vão propor um pacto pela governabilidade entre os aliados na reunião do conselho político marcada para a noite desta segunda-feira, 6, no Palácio do Alvorada. Apesar da crise que ameaça a sustentação do governo Dilma Rousseff, líderes partidários acusam a oposição de criar um ambiente de instabilidade e dizem que o momento é de responsabilidade com o País. "Não podemos incentivar o golpe", disse o líder do PP na Câmara dos Deputados, Eduardo da Fonte (PE).
Vislumbrando um cenário econômico pior nos próximos meses, os líderes falam em "união" e pregam uma atuação conjunta. "É mais que um pacto, tem de ter um trabalho (de articulação) coordenado", defendeu o presidente do PSD, Guilherme Campos.
Os líderes PP, PR e PSD condenaram a aproximação entre peemedebistas e tucanos em um possível governo comandado pelo vice-presidente Michel Temer. Ao contrário do que afirmam alguns caciques do PMDB, os líderes dizem que Temer demonstra estar confortável na articulação política e que é preciso união para superar o período de crise de credibilidade do governo. "Não podemos colocar mais dúvida na governabilidade, não podemos querer desestabilizar o Brasil. Temos de ter responsabilidade com nossas atitudes. Não podemos jogar no quanto pior melhor", destacou Fonte.
Continua depois da publicidade
Sobre a possibilidade de a crise gerar um pedido de impeachment, os líderes dizem que o quadro do momento não legitima um possível afastamento da presidente Dilma Rousseff. "Somos contrários ao impeachment. Eleição se dá a cada quatro anos", disse o líder do PR na Câmara, Maurício Quintella Lessa (AL). "Temos uma posição legalista. Quem disputou e ganhou (a eleição) tem um mandato a cumprir", concordou Campos.
Na avaliação dos líderes, é preciso aguardar os desdobramentos dos processos que tramitam contra o governo Dilma em outras esferas (como a análise das pedaladas fiscais em curso no Tribunal de Contas da União e da ação por abuso de poder econômico e político no Tribunal Superior Eleitoral) para só depois reavaliar o apoio ao Palácio do Planalto. "Hoje não tem fato concreto (pelo impeachment), mas se o fato surgir, aí é outro quadro", afirmou Quintella.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade