Política

Líder do PT defende que Dilma não vete fim do fator previdenciário

Humberto Costa sugeriu que a presidente mantenha o texto e estabeleça parâmetros para a concessão de aposentadorias na regulamentação da matéria

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 16/06/2015 às 18:51

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O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu nesta terça-feira, 16, que a presidente Dilma Rousseff não vete a proposta que flexibiliza o fator previdenciário. Costa sugeriu que Dilma mantenha o texto e estabeleça parâmetros para a concessão de aposentadorias na regulamentação da matéria, ao mesmo tempo em que abra um debate sobre um modelo de Previdência Social com os demais "atores" envolvidos.

"Acho que o preço político a pagar neste momento é muito grande. O governo poderia sancionar, na regulamentação, estabelecer alguns parâmetros de acesso a essas aposentadorias dentro dessas regras e abrir um debate franco com o movimento sindical e o Congresso Nacional para que eles sejam corresponsáveis com uma proposta que, efetivamente, garanta uma Previdência Social que seja autossustentável", afirmou.

Dilma tem até esta quarta-feira, 17, para decidir se manterá ou barrará a chamada fórmula "85-95", que permite a aposentadoria integral quando a soma da idade e do tempo de contribuição atingir 85 (mulheres) ou 95 (homens). A área econômica do governo defende o veto da fórmula, com o argumento de que ela quebrará a Previdência. A área política, por sua vez, é a favor da manutenção do texto, diante do risco de a presidente ter uma proposta como essa derrubada pelo Congresso.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT), garantiu que mesmo que a presidente Dilma Rousseff vete o dispositivo 75/85 para a previdência social, o governo vai "imediatamente" propor outra alternativa ao fator previdenciário.

Humberto Costa defende que a presidente Dilma não vete o fim do fator previdenciário (Foto: Alessandro Dantas/Liderança do PT)

"Seguramente (haverá outra alternativa) porque a presidenta já havia anunciado (o fim do fator). Se não for amanhã com a sanção certamente imediatamente será apresentada outra proposta, isso é certo", disse ao chegar ao congresso da União Geral dos Trabalhadores (UGT) em São Paulo.

Dias disse ter voltado ontem de uma agenda internacional e por isso não estar inteirado das negociações com as centrais em torno da sanção. "Também estou na expectativa. Quem encaminhou essa historia toda foi a Previdência, o ministro Gabas. Confesso que realmente não tenho conhecimento, não discuti, não participei desse debate", afirmou.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, não quis informar se a presidente Dilma Rousseff vetará a fórmula 85/95. "Temos vários direcionamos que serão anunciados no momento adequado. Pode ser amanhã ou na quinta. O veto é amanhã e a publicação pode ser na quinta, se não me engano", disse o ministro ao sair de uma encontro com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz.

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