Política

Levy diz que BC deve "continuar vigilante" para evitar mais inflação

A declaração foi feita em Paris às margens de uma reunião na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/06/2015 às 16:44

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Horas antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, exortou a autoridade monetária a "continuar vigilante" para evitar mais aumento de preços.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A declaração foi feita em Paris às margens de uma reunião na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com o ministro, "foram feitos alinhamentos necessários" de preços, mas a intervenção do BC é é essencial para impedir que o movimento se transforme em "processo de inflação".

A entrevista de Levy aconteceu às 19h locais, 14h de Brasília, antes do anúncio sobre a decisão do Copom sobre a taxa básica de juros. Até então o mercado apostava em uma alta de até 0,5%, o que elevaria o índice dos atuais 13,25% para 13,75%, em uma nova tentativa de conter o aumento da inflação, que deve superar o teto da meta, de 6,5%, chegando a 8% em 2015.

Questionado sobre o aumento dos preços, Levy os atribuiu a dois movimentos: correções de tarifas represadas e o reflexo da escassez de água, em especial em São Paulo. "Foram feitos diversos alinhamentos necessários", lembrou, citando a seguir a seca: "Faltou faltou água e o preço subiu em várias cidades importantes que entram no cálculo de inflação. Em todo o Estado de São Paulo faltou água, e é normal que em uma situação de escassez haja reflexo nos preços".

Continua depois da publicidade

Joaquim Levy disse que o BC deve 'continuar vigilante' para evitar mais inflação (Foto: Agência Brasil)

De acordo com o ministro, a crise hídrica torna a trajetória da inflação difícil de prever. "A gente não sabe como será o quadro hídrico no ano que vem, mas no caso da energia elétrica há probabilidades de termos menos dificuldades do que neste ano", estimou. "Assim, alguns desses aumentos de preços devem se reverter na medida em que as condições da oferta também se ajustem."

Foi então que Levy se referiu à postura do Banco Central. "O importante neste processo é que o Banco Central continue vigilante, para evitar que o aumento de preços em um momento, que pode ocorrer apenas uma vez, não se transforme em processo de inflação", recomendou, estimulando que a autoridade monetária use de suas ferramentas para coibir um eventual aumento sistemático de preços. "Para isso, é preciso estar atento aos mecanismos de política monetária."

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software