Política

Lava Jato: Temer diz que é preciso distinguir empresas de empresários

O vice-presidente afirmou que foi surpreendido pela prisão do dono e presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e do presidente da Andrade Gutierrez

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 19/06/2015 às 16:13

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O vice-presidente da República, Michel Temer, disse hoje (19) que a prisão de grandes empreiteiros não deveria afetar as atividades das companhias que dirigem. “Temos de distinguir entre a figura do empresário e a da empresa."

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Segundo ele, a empresa é sempre uma garantidora de empregos. "Se conseguíssemos construir uma solução para distinguir a figura do empresário da empresa, seria útil para continuidade das atividades dessas empresas e, portanto, para manutenção dos empregos”, disse Temer, após participar de almoço promovido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo.

O vice-presidente afirmou que foi surpreendido pela prisão do dono e presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo. A ação faz parte da 14ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje pela Polícia Federal (PF).

 Michel Temer disse que a prisão de grandes empreiteiros não deveria afetar as atividades das companhias que dirigem (Foto: Agência Brasil)

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A PF e o Ministério Público Federal acusam as duas empreiteiras de liderarem o cartel que superfaturava contratos com a Petrobras. Ao todo, foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária em cinco estados.

Michel Temer também comentou as hostilidades contra o grupo de senadores brasileiros em viagem oficial à Venezuela.

“É inadmissível que representantes do Poder Legislativo brasileiro estejam lá em uma visita e sejam hostilizados como foram. Não concordamos com isso,” Ele lembrou que o Ministério das Relações Exteriores já se posicionou, lamentando o incidente.

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A comissão de parlamentares esteve no país vizinho para para acompanhar denúncias de violação de direitos humanos e da democracia no país, com a prisão de opositores ao governo de Nicolás Maduro e uso de violência em manifestações contra o governo. O grupo alega que, por falta de segurança, não foi possível desenvolver as atividades previstas.

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