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O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, sinalizou que Washington espera recrutar combatentes moderados da oposição síria para enfrentar militantes extremistas no Iraque.
"Obviamente, à luz do que aconteceu no Iraque, temos ainda mais o que falar em termos da oposição moderada na Síria, que tem a capacidade de ser um agente muito importante em pressionar a presença do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) e para tê-los não apenas na Síria, mas também no Iraque", disse Kerry no início de uma reunião com o líder da oposição síria, Ahmad al-Jarba.
Um alto funcionário do Departamento de Estado que está viajando com Kerry disse, mais tarde, que o secretário não quis insinuar que os rebeldes sírios realmente atravessarão a fronteira para lutar no Iraque. O oficial não estava autorizado a informar os repórteres seu nome e falou sob condição de anonimato.
Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, enviou ao Congresso um pedido de US$ 500 milhões para um programa do Pentágono que deve expandir significativamente esforços para armar os rebeldes que lutam contra os extremistas sunitas e contra as forças leais ao presidente sírio, Bashar Assad.
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Se aprovado pelos congressistas, o programa em vigor abre uma segunda frente na luta contra os militantes do EIIL, que estão atravessando a fronteira para a Síria e ameaçam a estabilidade no Iraque.
Al-Jarba agradeceu à administração Obama por pedir os US$ 500 milhões, mas disse que seus combatentes querem mais ajuda de estrangeiros para combater em duas frentes: contra a insurgência iraquiana e contra o governo de Bashar Assad.
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"Nós ainda precisamos de uma assistência maior", disse al-Jarba e acrescentou que espera "uma cooperação maior com os EUA". O líder afirmou também que o general Abdullah al-Bashir, o chefe da ala militar da oposição síria, "está disposto a cooperar com os EUA".