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Quase um ano depois de deixar a prefeitura da capital com o pior índice de aprovação popular desde Celso Pita - 42% de ruim e péssimo no final do mandato em 2012 segundo o Ibope - Gilberto Kassab está convencido de que tem chances reais de superar o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT) e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB) na disputa pelo governo de São Paulo.
Pelo menos esse é o mantra que ele repete nas frequentes viagens ao interior que feito desde que vestiu o figurino de pré-candidato. Segundo seus cálculos, foram 40 incursões até agora, em deslocamentos de avião alugado, helicóptero ou a bordo de um ônibus que, na campanha propriamente dita, será adaptado para receber uma pequena sala de reuniões. "Eu tinha 20% de piso na avaliação ótima ou boa no auge da pauleira eleitoral no fim da minha gestão na prefeitura. Acredito que até junho posso ultrapassar os 20% de intenção de voto na capital. O interior costuma acompanhar esse ritmo", disse ele ao jornal O Estado de S.Paulo na semana passada durante uma breve caminhada pelas ruas de Franca.
No caminho entre uma rádio e uma padaria, beijou uma garotinha no colo da mãe e conversou por cinco minutos com um engraxate que o reconheceu, mas foi pouco assediado pelos populares. Ao retornar para o veículo de um correligionário, Kassab foi abordado por um homem que se apresentou como presidente do PT na cidade. "Prefeito, vou lhe contar uma coisa em off. Estou torcendo pelo senhor, mas se não der certo, você dará um ótimo ministro da Dilma".
Kassab apenas sorriu. Para mostrar que sua candidatura não é um balão de ensaio, ele conta que deixará à presidência nacional do PSD em abril para dedicar-se exclusivamente a campanha. O comando da legenda fundada por ele - e que recebeu mais de 40 deputados de outras siglas graças a uma janela aberta na Lei Eleitoral - será repassado para o deputado federal Guilherme Campos.
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