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O senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator na Comissão de Constituição e Justiça dos recursos sobre a criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs), rejeitou os argumentos dos governistas e dos tucanos em relação à criação das CPIs e opinou pela instalação imediata de uma CPI ampla que investigue denúncias contra a Petrobras, além de denúncias que envolvem o metrô de São Paulo e do Distrito Federal e atividades do Porto de Suape (PE).
A oposição propôs uma CPI para investigar denúncias contra a Petrobras, envolvendo, entre outras coisas, a compra da Refinaria de Pasadena (EUA). Diante do requerimento da oposição, os governistas protocolaram um pedido para criação de uma CPI mais ampla. Com dois pedidos na Casa, intensificou-se a disputa entre aliados e oposição.
O PSDB apresentou pedido para que a comissão investigasse apenas a Petrobras, enquanto o PT argumentava que a CPI não tinha fato determinado, porque reunia quatro assuntos diferentes. Jucá então rejeitou os dois recursos e opinou pela instalação de uma CPI que investigue assuntos propostos pela oposição e também pelos aliados do governo.
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“Os temas propostos pela oposição para a criação da CPI estão dentro do pedido da CPI apresentado pelos governistas. Se não estivessem [os temas] eu iria propor a instalação de duas CPIs”, disse Romero Jucá, ao justificar sua decisão de propor uma comissão ampla. Jucá sugeriu retirar das investigações um dos temas proposto pelos governistas: o superfaturamento de convênios e contratos entre órgãos estaduais e municipais para a aquisição de equipamentos e desenvolvimento de projetos na área de tecnologia da informação utilizando recursos da União.
O parecer do senador Jucá precisará ser aprovado pela CCJ e depois pelo plenário do Senado para que a CPI ampla possa ser criada e instalada. Após a leitura do parecer, diversos senadores se inscreveram para debater a proposta do relator. No entanto, com o inicio da Ordem do Dia, período destinado às votações, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu o encerramento da reunião da CCJ.
O presidente da CCJ, senador Vital do Rego (PMDB-PB), suspendeu os trabalhos da comissão e marcou o reinício para amanhã às 9 horas. O primeiro orador a usar da palavra será o senador Mário Couto (PSDB-PA).
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