Política

Joaquim Levy vai ao Congresso e LDO pode ser votada amanhã

Uma sessão do Congresso foi marcada com esse objetivo para as 19h desta terça-feira (16)

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/12/2014 às 14:15

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Na última semana de trabalho no Congresso antes do recesso parlamentar, que começa oficialmente dia 23 de dezembro, a expectativa é que deputados e senadores finalmente votem o relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015. Uma sessão do Congresso foi marcada com esse objetivo para as 19h de amanhã (16).

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Aprovada semana passada na Comissão Mista de Orçamento (CMO), a LDO só foi possível após o atendimento de uma exigência do líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), que queria a presença do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Congresso. O encontro de Levy com os parlamentares está confirmado para amanhã, às 11h. O futuro ministro falará em sessão secreta da CMO sobre a meta de superávit primário para 2015.

Com a perspectiva de não votar o Orçamento Geral da União ainda este ano, aprovando-se apenas a LDO, o governo garante uma forma de realizar despesas em 2015, independentemente da aprovação do Orçamento. Chamado de duodécimo, o instrumento permite que o Executivo gaste um doze avos do Orçamento do ano anterior.

De autoria de senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o texto da LDO estabelece que o esforço fiscal do governo federal em 2015 chegará a R$ 55,3 bilhões (1% do Produto Interno Bruto – PIB), já descontados os R$ 28,7 bilhões gastos com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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Ainda de acordo com o texto, a meta de superávit primário para estados, municípios e o Distrito Federal será R$ 11 bilhões (0,2% do PIB). Assim, o esforço total do setor público brasileiro chegará a R$ 66,3 bilhões (1,2% do PIB). Caso os entes federados não atinjam a meta estimada, o governo federal compensará a diferença.

Uma das novidades no relatório final de Vital do Rêgo é a criação de um cadastro nacional para consulta aberta na internet de todas as obras e serviços de engenharia financiados com recursos do Orçamento federal.

O substitutivo estabelece que os responsáveis pela execução das emendas (órgãos públicos federais e prefeituras) terão de adotar as providências necessárias para garantir a despesa. Eventuais problemas poderão ser resolvidos diretamente pelos gestores, sem necessidade de interferência do gabinete parlamentar.

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Joaquim Levy é esperado no Congresso para a votação da LDO (Foto: Divulgação)

Para tonar o processo mais transparente, outra novidade do relatório é que os órgãos beneficiados com recursos propostos pelos deputados e senadores terão de tornar públicas, na internet, a relação das programações incluídas pelas emendas, o autor, estágio de execução, cronograma de desembolso dos recursos e eventuais impedimentos.

Além da LDO, prioridade para o governo, também estão na pauta 31 projetos de lei do Congresso. Eles abrem créditos adicionais, especiais ou suplementares para ministérios e outros órgãos públicos no Orçamento deste ano. Um deles é o que concede aumento salarial para a Polícia Federal (PLN 5/2014). De acordo com o relatório, a iniciativa atende à única categoria de servidores do Executivo que ainda não tinha sido contemplada com aumentos salariais e reestruturação de carreiras.

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A partir de quarta-feira (17), as votações em sessões do Congresso ficam mais complicadas, porque a pauta estará trancada pelo Veto 30/2014 . A presidenta Dilma Rousseff vetou vários dispositivos da Medida Provisória (MP) 651/2014. O texto desonera folhas de pagamento, amplia créditos fiscais e estimula a entrada de pequenas empresas na Bolsa de Valores. A maioria dos itens vetados trata de desoneração. A justificativa do governo é que não há cálculos de impacto orçamentário-financeiro, o que caracteriza desacordo em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei 101/2000).

Dilma também vetou o item que prorrogava para 2018 o prazo para o fim dos lixões nas cidades. Por adiar a consolidação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a ampliação do prazo, como está previsto, contraria o interesse público, segundo o governo.

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