Política

Integrante do 'disque-propina', Ângulo Lopes depõe nos próximos dias

De acordo com integrantes da força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato, os depoimentos devem ser enviados ao Supremo Tribunal Federal

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 16/12/2014 às 21:34

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Apontado como integrante de um esquema de "disque-propina" que envolveria pagamentos a políticos, Rafael Ângulo Lopes, um dos aliados do doleiro Alberto Youssef, fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e deve começar a depor formalmente nos próximos dias.

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Ângulo é investigado por transportar dinheiro para o doleiro, fazendo entregas a clientes VIP em domicílio. De acordo com integrantes da força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato, os depoimentos devem ser enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), por envolver políticos com foro privilegiado.

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Por ora, ao menos 12 pessoas já aceitaram colaborar com as investigações. A rotina dos integrantes da força-tarefa envolve conversas semanais com advogados, que sondam as possibilidades de firmar acordo de delação premiada, em troca de redução de pena.

As negociações com Ângulo visando à colaboração, reveladas pelo Estado em novembro, ocorrem há pelo menos um mês. Segundo a contadora Meire Poza, uma das testemunhas da Lava Jato, ele era o responsável pela "vida financeira"de Youssef, tendo conhecimento de pagamentos feitos dentro e fora do País, além de viagens.

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Reportagem da revista "Veja", publicada no fim de semana, diz que Ângulo viajava pelo País em voos comerciais, com cédulas amarradas ao corpo, fazendo entregas. Segundo a revista, ele teria feito "delivery" para a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), o senador Fernando Collor (PTB-AL), o deputado cassado André Vargas (sem partido, ex-PT), o deputado Luiz Argolo (SDD-BA), e o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA). Todos eles negam. A defesa de Ângulo não foi localizada ontem.

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