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O presidenciável do PSB, Eduardo Campos, disse nesta segunda-feira, 19, que a inclusão da investigação em torno do Porto de Suape na CPI da Petrobras no Senado foi uma retaliação política. Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Campinas (SP), Campos foi questionado sobre a inclusão e respondeu: "É óbvio que sim, é uma retaliação".
Ele se disse "completamente tranquilo" com relação a investigarem o porto que fica em Pernambuco, Estado que governou nos últimos sete anos. "(Suape) é uma empresa estadual bem gerida, com suas contas aprovadas, sempre gerida por quadros técnicos", defendeu. E repetiu que o que não pode acontecer é a investigação de Suape ou a possível investigação do Metrô de São Paulo, que atingiria a oposição tucana, tirarem o foco do processo de investigação da Petrobras.
Campos voltou a criticar duramente a gestão atual da Petrobras e do uso da defasagem de preços da gasolina para controle da inflação. O pré-candidato disse que, em um futuro governo, propõe gerir a Petrobras respeitando quatro princípios: escolher diretores por competência, blindar a empresa da corrupção, cumprir os planejamentos estratégicos e estabelecer uma regra "clara" para os preços dos combustíveis. Sem ser mais específico sobre como implementar tais pontos, Campos disse que eles dariam mais "estabilidade" às operações da estatal.
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Saída do governo
Perguntado se não é um contrassenso criticar tão duramente um governo do qual até pouco tempo atrás fazia parte, já que PSB era da base aliada de Dilma Rousseff até o ano passado, Campos afirmou que o PSB tem identidade e personalidade próprias. "Saímos pela porta da frente", disse.
O ex-governador de Pernambuco disse que esteve com o governo Dilma nos primeiros anos, pois apoiava as ideias em torno do qual se elegeu. Citou a chamada "faxina" nos ministérios, feita por Dilma em 2011, como uma "sinalização de correção de rumo". Mas criticou a presidente dizendo que ela "desviou desse caminho, começou a colocar pessoas atrasadas no centro do governo".
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