Política
O ministro lembrou que o contrato é feito via Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o que garante que os procedimentos são os melhores possíveis
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O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quinta-feira, 22, que a importação de médicos cubanos, anunciada nesta quarta-feira, 21, pelo governo, tem uma característica humanitária, e não um viés ideológico. "Essa decisão foi tomada considerando-se o melhor serviço possível, não tem uma motivação ideológica", afirmou. "Existem muitos médicos cubanos dispostos a fazer esse trabalho. Talvez não tenham tantos austríacos, por exemplo".
Patriota participa de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara e foi questionado pelo deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), que é médico. O deputado perguntou se havia algum tipo de acordo, um "escambo" entre Brasil e Cuba para trocar investimentos, como a construção do Porto de Mariel, próximo a Havana, financiado pelo governo brasileiro, e a vinda dos médicos. "Não existe 'escambo', isso nunca nos passou pela cabeça. São iniciativas totalmente distintas. O Mais Médicos trata da carência de médicos no País. Muitos países recorrem à vinda de médicos estrangeiros, é algo aceito internacionalmente como uma estratégia de saúde", afirmou.
O ministro também foi questionado se os contratos com os cubanos, que não receberão todo o valor pago pelo governo, não preocupa. Patriota lembrou que o contrato é feito via Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o que garante que os procedimentos são os melhores possíveis. "Se houver algum problema, tenho certeza que a Opas será a primeira a velar para que seja corrigido", disse.
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