Política

“Houve um erro de digitação”, Afirma o Prefeito Luís Claudio Bili

A garantia foi dada esta semana pelo prefeito de São Vicente ao justificar o pregão com números e valores superestimados, denunciado pelo Diário

Publicado em 16/08/2014 às 09:51

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A frase é do prefeito de São Vicente Luís Cláudio Bili (PP), no dia seguinte (última terça-feira) em que o Diário publicou, com exclusividade, a possibilidade de realização de um Pregão Presencial de Registro de Preços para a contratação de uma empresa que forneceria, num período de apenas um ano, 901 passagens áreas, 1.160 rodoviárias e 1.732 hospedagens à Prefeitura de São Vicente, ao custo exato de R$ 4.519.500,00. O certame foi suspenso após alerta da reportagem.

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Demonstrando constrangimento com o episódio, Bili garantiu ao Diário que houve um equívoco ‘grave’, que vai demandar a abertura de um processo administrativo para apurar os responsáveis pelos números irreais que faziam parte do processo do pregão. “Infelizmente, parece uma desculpa esfarrapada, mas tenha certeza que houve um erro grave de digitação. Os números fugiam totalmente da realidade. Solicitei um novo pregão em que no máximo poderão ser gastos R$ 180 mil com viagens em 12 meses se houver necessidade”, garantiu Bili.

O prefeito e seus 17 secretários poderiam ser os executivos mais viajados da região e, porque não, do País, se o pregão, previsto para ocorrer esta semana, com confirmação do Departamento de Compras da Prefeitura, não fosse suspenso em função dos equívocos nos números e custos. A suspensão do pregão foi divulgada no site da Prefeitura (www.saovicente. sp.gov.br).

O pacote superestimado de viagens era dividido da seguinte forma: R$ 1.466 milhão para o pagamento de 733 passagens aéreas nacionais; R$ 614.500,00 para 168 internacionais e R$ 928 mil para a compra de 1.160 passagens rodoviárias intermunicipais e interestaduais.

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Prefeito Luís Claudio Bili abriu processo administrativo para apurar o erro (Foto: Matheus Tagé/DL)

A Prefeitura estimava um gasto de R$ 1.008 milhão em 1.229 hospedagens nacionais e R$ 503 mil para pagar 503 hospedagens internacionais. A fatura de cada viagem, segundo o antigo edital, seria paga em 10 dias e o objetivo é atender representantes do Município em visitas oficiais.

Em uma conta simples baseada no processo que estava em andamento na Prefeitura pode-se afirmar que seria necessário que o prefeito Billi e cada um dos 17 secretários viajassem 114 vezes ao ano ou nove viagens por mês para cumprir a meta do ‘Aerobilli’, que é de 2.061 passagens. Cada um dos membros do Executivo vicentino também teriam 96 dias (três meses e seis dias) de hospedagens pagas no ano com dinheiro dos cofres públicos. Ao todo, são 1.732 hospedagens.

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Vale a pena ressaltar que a expressão Aerobilli, que já ‘ganhou’ as redes sociais, foi utilizada apenas como alusão ao Aerolula, nome popularmente dado ao avião adquirido em 2003, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para substituir a aeronave presidencial chamada Sucatão. O Aerolula (Airbus A319) foi modificado para ter suíte privê, sala de reunião fechada outras dependências especiais.

 

 

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