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Eleita ontem vice-presidente da Câmara Municipal com o apoio do PT, a vereadora Edir Sales, do PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, ganhou outro ‘presente’ da gestão Fernando Haddad (PT) nesta terça-feira: seu aliado e ex-presidente do diretório do PSDB José de Deus Alencar foi nomeado subprefeito da Vila Prudente, região da zona leste onde a parlamentar mantém reduto eleitoral entre comerciantes e evangélicos.
Alencar já era chefe de gabinete da subprefeitura desde maio do ano passado. Como subprefeito, seu salário será de R$ 19,2 mil mensais - o chefe de gabinete recebe cerca de R$ 14,9 mil mensais.
A nomeação ocorre no momento em que o governo petista tenta obter apoio na Câmara Municipal para votar pelo menos sete projetos considerados fundamentais para o Executivo, como a reabertura do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) e o pedido de autorização para a abertura de uma parceria público-privada, estimada em R$ 4 bilhões, para a reforma de 32 terminais de ônibus. O PSD tem a segunda maior bancada da Casa, com oito vereadores.
Edir Sales é a vereadora mais fiel ao ex-prefeito Kassab entre os parlamentares do PSD. Seus passos no Legislativo são guiados de perto pelo ex-prefeito. Ontem ela foi eleita vice-presidente da Câmara, mesmo com vereadores veteranos e campeões de votos dentro do PSD, casos de Goulart e do ex-presidente Police Neto. Foi ela quem indicou Alencar ao governo.
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Outros vereadores da base governista pressionam Haddad para terem seus chefes de gabinetes nas subprefeituras transformados em subprefeitos. O prefeito já havia contemplado vereadores petistas com nomeações diretas de subprefeitos - José Américo (PT) indicou o subprefeito da Lapa e Senival Moura ajudou a nomear o titular de Ermelino Matarazzo, por exemplo.
Líder do governo Haddad, Arselino Tatto (PT) defendeu a nomeação de um aliado de Kassab. “Isso (nomeação) não significa nada. Eles têm votado com a gente. O Goulart é do PSD e sempre vota com a gente, por exemplo”, argumentou Tatto.
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Hoje pela manhã, porém, o líder teve de aceitar uma emenda do PSD para conseguir aprovar, em primeira discussão, a devolução de dinheiro para 454 mil contribuintes que pagaram IPTU maior ao longo de 2014. A emenda do PSD tenta dar desconto do tributo para microempresários em 2015. “Na segunda votação nós vamos tirar fora essa emenda”, adiantou Tatto.