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O prefeito Fernando Haddad voltou a defender, na manhã desta terça-feira, 13, a municipalização da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) como saída para subsidiar as tarifas de transporte público em São Paulo. Para o prefeito, a medida seria uma forma de "criar um subsídio cruzado entre transporte individual e transporte público", o que iria gerar impactos positivos na cidade.
"Não consigo ver contraindicação a não ser que vai desestimular o uso do carro para o dia a dia", completou Haddad, que participa nessa manhã do evento Alternativas para o Financiamento do Transporte Público, organizado pela Rede Nossa São Paulo e pela Frente Nacional dos Prefeitos.
Haddad afirmou que, antes do início dos protestos pela redução da tarifa de ônibus, já defendia a municipalização da Cide. "O que eu não sabia responder era se a medida era inflacionária, deflacionária ou neutra", disse nesta manhã. A Fundação Getúlio Vargas organizou estudo exclusivo para o debate desta terça e a expectativa é de que haja uma resposta para a questão levantada pelo prefeito.
"O município é o elo mais frágil da Federação, do ponto de vista econômico financeiro. O orçamento é muito apertado para honrar compromissos infindáveis", disse. Haddad voltou a dizer que não há como reduzir a tarifa do transporte sem prejuízo de investimento em outras áreas, o que defendeu em junho, quando foi pressionado para revogar o aumento da tarifa do ônibus na cidade.
Para o prefeito paulistano, quanto pior o serviço de transporte público, mais caro ele é, por isso há necessidade de priorizar o transporte coletivo. "Não há como escapar dessa armadilha. A saída disso só pode ser a priorização absoluta do transporte público", comentou.
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