Política

Há espaço para seleção ganhar e Dilma perder, diz FHC

"Tem espaço para fazermos muito gol, comemorarmos e ela (Dilma) perder a eleição", afirmou o ex-presidente

Publicado em 07/07/2014 às 14:00

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse avaliar que os brasileiros sabem separar política de Copa do Mundo. Em conversa com jornalistas, após receber uma homenagem da Academia Brasileira de Eventos e Turismo na capital paulista, FHC afirmou que, agora, o povo não está preocupado com eleições e só vai discutir eleição no País após o Mundial.

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Questionado, o ex-presidente tucano disse não se preocupar com um possível favorecimento da popularidade da presidente Dilma Rousseff com a Copa. "Tem espaço para fazermos muito gol, comemorarmos e ela (Dilma) perder a eleição", afirmou.

Sobre a declaração recente do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, de que o governo "conseguiu surfar" no momento positivo da Copa, Fernando Henrique afirmou que pode haver, sim, um uso político equivocado. "Pode ser que algumas pessoas estejam usando politicamente a Copa, eu não acho que se deva fazer isso. A Copa é um evento nacional, de todos nós".

Fernando Henrique reforçou algumas vezes que torce para que a seleção possa conquistar o hexa e que manteve a esperança mesmo com a perda de Neymar, que foi afastado após sofrer uma lesão na coluna na partida de sexta-feira contra a Colômbia. "Neymar é realmente um jogador excepcional, mas há outros que são bons também, o Oscar é bom", disse, lembrando que o próximo adversário do Brasil, a Alemanha, também tem teve dificuldade em vencer algumas partidas. "Temos que pôr a barba de molho e torcer."

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse avaliar que os brasileiros sabem separar política de Copa do Mundo (Foto: Clayton de Souza/Estadão Conteúdo)

Críticas à economia

No evento, no qual falou sobre a importância do turismo, Fernando Henrique lembrou áreas em que o País precisa avançar, como segurança, transporte e custo de vida, tanto para melhora de ambiente para turistas como para os próprios brasileiros. "Precisamos avançar com mais velocidade, mas com um PIB que não chega a 2% fica difícil", observou.

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Perguntado se o PT cuidou bem de "seu filho", o Plano Real, disse: "(Cuidaram bem) até um certo momento, mas quando chegou a adolescência... A partir da crise de 2007/2008, eles passaram a maltratar o filho." E repetiu as críticas que já fez em ocasiões anteriores, sobre a gestão macroeconômica atual do governo, citando o aumento na conta de luz aplicado esta semana em diversos Estados brasileiros. "Hoje o endividamento do governo é muito elevado; houve um esforço de combater a inflação controlando preços, de gasolina por exemplo, e isso vai ter consequências; houve um esforço da parte da eletricidade que deu mau resultado, acabou de haver um aumento ontem no preço da eletricidade, então houve um mau manejo das finanças públicas."

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