Política

Grupos de esquerda picham residência oficial do presidente da Câmara

A segurança da residência oficial estima que cerca de cem manifestantes estiveram no local

Publicado em 02/11/2015 às 20:17

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 A residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi pichada nesta segunda-feira (2) em protesto contra o peemedebista. O muro da guarita de segurança e a placa de identificação do imóvel foram pintados com a frase "Fora Cunha", mote que tem sido usado pelos movimentos favoráveis à saída dele do comando da Casa Legislativa.

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A manifestação foi organizada pelo Levante Popular da Juventude e pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), que defendem a cassação de seu mandato e criticam o avanço de pautas conservadoras no Congresso Nacional. O símbolo do Levante Popular da Juventude também foi pichado na guarita de segurança.

Segundo os movimentos, participaram do protesto cerca de 400 pessoas, que carregaram bandeiras e faixas. A segurança da residência oficial estima que cerca de cem manifestantes estiveram no local. O presidente da Câmara dos Deputados está fora de Brasília nesta segunda.

"Nós elencamos o Cunha como o principal inimigo da juventude brasileira. Tanto pelos projetos de lei que impõem um retrocesso no país, como o estatuto da família e a redução da maioridade penal, como pela defesa de uma pauta golpista, que é o impeachment da presidente Dilma Rousseff", explicou Laryssa Sampaio, da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude.

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O símbolo do Levante Popular da Juventude também foi pichado na guarita de segurança (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e suspeito de esconder contas na Suíça, o peemedebista acelerou a tramitação de pautas que não contam com o aval do governo federal, mas agradam seus aliados políticos.

São projetos que têm apoio de evangélicos, dos ruralistas e da chamada "bancada da bala", cujos integrantes, em sua maioria, lhe dão sustentação política.

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Cunha tenta manter o apoio e agradar seu núcleo mais fiel enquanto terá, na próxima terça (3), o processo de cassação de seu mandato instalado no Conselho de Ética da Casa Legislativa.

Impeachment

Os movimentos favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff, como o Movimento Brasil Livre e o Movimento Brasil, acampam desde a semana retrasada na frente do Congresso Nacional.

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Na semana passada, um grupo de manifestantes se algemou a uma das pilastras do Salão Verde, da Câmara dos Deputados, e anunciou que só deixará a Casa Legislativa se Cunha der prosseguimento a pedido de afastamento da petista.

Nesta segunda-feira (2), a segurança da Câmara dos Deputados impediu a reportagem de entrar no local para conversar com os manifestantes. Segundo os agentes, havia apenas três deles no Salão Verde -não acorrentados- na tarde desta segunda.

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