Política
O ex-governador de Pernambuco defendeu a criação de um Sistema Nacional de Segurança Pública que integre União, Estados e municípios, nos moldes do que já existe nas áreas de assistência social e saúde
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Ao fim de uma visita de pouco mais de uma hora ao Centro Cultural AfroReggae, na favela de Vigário Geral, na zona norte do Rio, o pré-candidato do PSB à Presidência da República Eduardo Campos disse nesta terça-feira que o governo federal foge da discussão sobre violência e é omisso no combate a ela.
O ex-governador de Pernambuco defendeu a criação de um Sistema Nacional de Segurança Pública que integre União, Estados e municípios, nos moldes do que já existe nas áreas de assistência social e saúde. "O governo federal corre desse tema, se omite. Não pode ter sistema (de segurança) só quando tem Copa do Mundo", afirmou o ex-governador depois de conhecer várias iniciativas do grupo cultural criado logo após a chacina de Vigário Geral, em 1993, quando 21 pessoas foram assassinadas na comunidade.
"Essa é uma bela experiência de como uma cultura pode salvar vidas", afirmou o pré-candidato. Entre outras atividades, o Afroreggae desenvolve um programa de inserção social de ex-presidiários e de resgate de jovens que trabalham para o crime organizado.
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Eduardo Campos lembrou que a droga é uma das grandes responsáveis pelo crescimento da violência e criticou o governo pelo que considerou "policiamento deficiente" das fronteiras.
O pré-candidato socialista estava acompanhado da candidata a vice em sua chapa, Marina Silva. Ele viu apresentações de grupos de música, dança e teatro e tentou aprender a manejar uma mesa de som com o DJ Nino Leal, professor do Afroreggae. Campos terá um encontro hoje com artistas em um restaurante da zona sul do Rio.