Política

Governo espera que posição de Cunha não afete ações da Presidência da Câmara

O texto lembra que, desde o governo Lula e durante o governo de Dilma Rousseff, o PMDB integra as forças políticas que dão sustentação ao projeto de transformação do País

Publicado em 17/07/2015 às 15:38

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A Secretaria de Comunicação da Presidência da República divulgou nesta sexta-feira, 17, nota sobre a aliança com o PMDB. O texto lembra que, desde o governo Lula e durante o governo de Dilma Rousseff, o PMDB integra as forças políticas que dão sustentação ao projeto de transformação do País. "Tanto o Vice-Presidente da República como os Ministros e parlamentares do PMDB tiveram e continuam tendo um papel importante no Governo", cita a nota. O texto ressalta, ainda, que "o Governo sempre teve e tem atuado com total isenção em relação às investigações realizadas pelas autoridades competentes".

O documento destaca que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou uma posição de cunho estritamente pessoal, referindo-se às declarações do peemedebista sobre seu rompimento com o governo. O Planalto chegou a divulgar nota com erro, mencionando, em um trecho, que "o Governo espera que esta posição não se reflita nas decisões e nas ações da Presidência da Câmara que devem ser pautados pela imparcialidade e pela pessoalidade". Logo em seguida, foi distribuída uma versão corrigida, citando que tais decisões devem ser pautadas pela imparcialidade e pela impessoalidade.

Além de anunciar, como esperado, seu rompimento pessoal, Cunha disse que defenderá que o PMDB saia do governo (Foto: Agência Brasil)

O texto do Planalto é uma resposta a declarações feitas hoje pela manhã pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Além de anunciar, como esperado, seu rompimento pessoal, Cunha disse que defenderá que o PMDB saia do governo. Cunha disse que, como deputado, não aceita que o PMDB faça parte de um governo que quer arrastar os que o cercam "para a lama". O presidente da Câmara se defendeu das acusações de ter recebido propina e atacou o governo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o juiz Sérgio Moro e os delatores Julio Camargo e Alberto Youssef.

O PMDB tem forte presença no primeiro escalão federal com nomes como os do vice-presidente da República, Michel Temer; e dos ministros da Agricultura, Kátia Abreu; do Aviação Civil, Eliseu Padilha; dos Portos, Edinho Araújo; do Turismo, Henrique Eduardo Alves; da Pesca, Helder Barbalho; e de Minas e Energia, Eduardo Braga.

O PMDB, por sua vez, publicou nota no final da manhã, dizendo que a decisão de rompimento com o governo tomada por Eduardo Cunha é "a expressão de uma posição pessoal, que se respeita pela tradição democrática do PMDB". De acordo com o comunicado, "toda e qualquer decisão partidária só pode ser tomada após consulta às instâncias decisórias do partido: comissão executiva nacional, conselho político e diretório nacional".

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