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A senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso ao conteúdo das delações premiadas feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef no âmbito da Operação Lava Jato. O pedido foi protocolado nesta quinta-feira, 13, e encaminhado ao relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki.
Conforme publicou o jornal O Estado de S. Paulo no início de novembro, Youssef confirmou em sua delação que deu R$ 1 milhão para a campanha de 2010 da ex-ministra, que foi eleita senadora naquele ano. O valor teria sido entregue a um empresário, proprietário de um shopping em Curitiba (PR), em quatro parcelas, de acordo com o depoimento do doleiro.
A defesa da senadora cita na peça enviada ao Supremo reportagem da revista Veja com as informações sobre a declaração de Youssef e reportagem anterior do jornal que aponta que Costa citou o ministro das Comunicações e marido de Gleisi, Paulo Bernardo, na delação. Costa disse que o ministro solicitou em 2010 "ajuda" na campanha da esposa.
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A senadora contesta no STF a veracidade das afirmações de Paulo Roberto e de Youssef. A defesa de Gleisi alega que a "coincidência" do afirmado nas delações do ex-diretor e do doleiro é explicada pelo fato de os dois terem permanecido presos juntos em Curitiba, o que teria possibilitado a combinação dos argumentos a serem usados. A tese alegada no STF é de que a acusação contra Gleisi teria sido "fabricada".
A defesa nega o recebimento de colaboração financeira que não tenha constado na prestação de contas da campanha ao Senado e pede cópia dos depoimentos prestados por Costa e Youssef. O pedido foi feito antes da Polícia Federal iniciar a sétima fase da Operação Lava Jato. Na manhã desta sexta-feira (14), a PF prendeu 18 pessoas, entre elas o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e realizou busca e apreensão em sete das maiores empreiteiras do País, apontadas como braço do suposto esquema de corrupção na Petrobras.
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