Política

Gleisi diz que governo buscou 'ouvir a voz das ruas'

Segundo ela, os manifestantes não pediram a volta ao passado, mas sim "futuro com mais participação e conquistas sociais"

Publicado em 11/02/2014 às 20:15

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No primeiro discurso da tribuna do Senado desde que deixou a Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou nesta terça-feira, 11, que o governo Dilma Rousseff buscou "ouvir a voz das ruas". Segundo ela, os manifestantes não pediram a volta ao passado, mas sim "futuro com mais participação e conquistas sociais".

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"Este é o novo Brasil que estamos construindo: com a inflação sob controle e com o equilíbrio das contas públicas - requisitos essenciais para assegurar a estabilidade e o desenvolvimento com o progresso social", afirmou a ex-ministra e provável candidata petista ao governo do Paraná.

No pronunciamento, Gleisi Hoffmann fez um balanço de sua passagem pelo Executivo e defendeu ações da gestão Dilma, a quem chamou de "revolucionário", depois dos governos do ex-presidente Lula.

Sem citar o nome do pré-candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG), a ex-ministra disse que "outro dia" um dos líderes da oposição manifestou a vontade de adotar o Bolsa Família, "um dos principais programas do nosso projeto, como plataforma de campanha".

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Gleisi Hoffmann fez um balanço de sua passagem pelo Executivo e defendeu ações da gestão Dilma, a quem chamou de "revolucionário" (Foto: Divulgação)

O tucano apresentou uma proposta para incorporar o Bolsa Família à Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), o que, na prática, diminui o risco de o programa ser extinto. "Isso nada mais é o reconhecimento do nosso acerto", disse.

Na sua fala, entremeada de apartes elogiosos dos colegas, a senadora citou uma série de ações que tomou na Casa Civil, como os programas de concessões de portos, aeroportos e ferrovias. "Temos hoje um novo país, um país construído por um governo que é comprometido com o seu povo", disse.

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Gleisi disse que o governo não é "imune" às críticas, que, segundo a senadora, fazem "parte da democracia" e é preciso conviver com elas. "O que não se pode é fazer críticas baseadas no vazio. O que não se pode é fazer críticas oportunistas. O que não se pode é criticar o passado que beneficiou quem faz a crítica", ressalvou.

Na semana passada, a ex-ministra chamou o governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, de "oportunista" e "ingrato". Campos havia dito que o Brasil "saiu dos trilhos".

Em mais uma estocada aos adversários políticos, a ex-ministra disse que antigamente falava-se que era "impossível" gerar empregos, construir unidades básicas de saúde, entre outras realizações. "Talvez porque não achássemos que era impossível, fomos lá e fizemos, sem saber que era difícil", disse.

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No final de discurso, a ex-ministra usou um tom de quem vai ser candidata ao governo do Paraná e disse ter aprendido com o "povo do meu estado" e com o "povo brasileiro" que "os grandes desafios e até as possíveis inexperiências a gente supre com trabalho, trabalho e trabalho". Segundo ela, aqueles que decidem caminhar ao lado dela sabem que a "honestidade, a seriedade e o respeito pela palavra dada" são os compromissos de que nunca vai se afastar.

"Os paranaenses sabem bem distinguir aqueles que falam a verdade e aqueles que semeiam ilusões, utopias. E sabem, sobretudo, identificar aqueles que faltam com o dever e que tentam empurrar para os outros as responsabilidades pelos seus erros e falhas", finalizou.

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