General Braga Netto foi vice de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 / Fernando Frazão/Agência Brasil
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O general da reserva Walter Braga Netto - candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, foi preso na manhã deste sábado pela Polícia Federal. Ele é indiciado no inquérito que apura uma trama golpista.
Ele foi preso em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Em seguida, será encaminhado ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.
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Em nota, a PF diz que "mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022" e que "estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal".
O indiciado nega as acusações e tem afirmado que "nunca se tratou de golpe e muito menos de plano de assassinar alguém" e que "sempre primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais".
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Na conclusão da investigação do inquérito do golpe, a Polícia Federal afirma que o ex-ministro Walter Braga Netto tentou conseguir "informações sobre o acordo de colaboração" do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a PF, essa tentativa ocorreu por meio dos pais de Mauro Cid.
"Outros elementos de prova demonstram que Braga Netto buscou, por meio dos genitores de Mauro Cid, informações sobre o acordo de colaboração", diz o relatório final da investigação, que indiciou Bolsonaro, Braga Netto e outras 35 pessoas.