Escritor Olavo de Carvalho / Folhapress/Folhapress
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O funeral do escritor Olavo de Carvalho ocorreu na tarde desta quarta-feira (26) em um cemitério de Petersburg, no interior da Virgínia (EUA).
A cerimônia começou às 15h (17h em Brasília). Cerca de 30 pessoas estiveram presentes, incluindo o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, o ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e o blogueiro Allan dos Santos, considerado foragido da Justiça no Brasil.
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A imprensa foi impedida de acompanhar a cerimônia dentro do cemitério, por um segurança. A reportagem seguiu do lado de fora –o cemitério tem muros baixos.
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O funeral durou cerca de 40 minutos, e a família não presenciou o momento do enterro. Um segurança disse que esse é procedimento normal.
Olavo morreu na segunda (24), aos 74 anos. O falecimento foi anunciado pela família nos perfis oficiais do escritor nas redes sociais, sem informar a causa.
A filha do escritor Heloísa de Carvalho afirmou que o pai morreu em decorrência da Covid-19. Já o médico particular de Olavo, Ahmed Youssif El Tassa, nega.
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Ao jornal O Globo ele afirma que o escritor morreu em decorrência de insuficiência respiratória aguda causada por quadro de enfisema pulmonar associado à insuficiência cardíaca congestiva, à pneumonia bacteriana e a uma infecção generalizada.
A reportagem procurou o hospital que atendeu Olavo, mas não obteve resposta sobre a causa da morte.
O escritor sempre foi um dos principais porta-vozes em suas redes sociais dentre aqueles que contestam os dados sobre mortes e infectados pelo coronavírus, assim como Bolsonaro, símbolo do movimento negacionista no país.
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"O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel", disse Olavo, por exemplo, em 2020.
Olavo se mudou para os EUA em 2005. Morando na Virgínia, por vídeo, criou um curso online de filosofia que, segundo estimativas de amigos, formou mais de 20 mil pessoas, tornando-se uma de suas principais fontes de renda. Entre seus alunos estiveram diversas autoridades que depois comporiam o governo de Jair Bolsonaro.
Ele popularizou no debate público brasileiro o conceito do "marxismo cultural", criado pela direita americana com contornos de teoria conspiratória. No entanto, nos últimos meses, vinha fazendo críticas públicas ao presidente Jair Bolsonaro.
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