Política

Funcionária alertou Graça Foster sobre desvios na Petrobras, diz jornal

Ela alertou sobre pagamentos de serviços de comunicação que não foram prestados e sobre a escalada de aditivos que elevaram os custos da refinaria Abreu e Lima

Publicado em 12/12/2014 às 15:44

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 A diretoria da Petrobras foi informada das irregularidades na empresa antes da Operação da Lava Jato, conforme mostra documentos internos divulgados pela geóloga Venina Velosa da Fonseca, que foi gerente-executiva da diretoria de Abastecimento, segundo reportagem do jornal Valor Econômico publicada nesta sexta-feira, 12. A estatal afirma ter apurado as informações fornecidas pela funcionária.

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Conforme a publicação, a geóloga afirma que a presidente da estatal, Graça Foster, foi notificada sobre o tema e a primeira mensagem ocorreu em abril de 2009, quando a atual presidente ocupava a diretoria de gás e energia. Venina voltou a enviar mensagem à Graça depois que ela assumiu o comando da empresa, em fevereiro de 2012.

Venina alertou sobre pagamentos de serviços de comunicação que não foram prestados e sobre a escalada de aditivos que elevaram os custos da refinaria Abreu e Lima de US$ 4 bilhões para US$ 18 bilhões.

De acordo com uma funcionária,  a diretoria da Petrobras foi informada das irregularidades na empresa antes da Operação da Lava Jato (Foto:

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Ainda de acordo com o jornal, a funcionária, afastada da Petrobras no mês passado e que deve depor ao Ministério Público, diz ter alertado José Carlos Cosenza - que substituiu Paulo Roberto Costa, denunciado por envolvimento em um esquema de desvios, - a respeito dos desmandos, sem que nenhuma providência tenha sido tomada.

Em nota, a Petrobras afirmou que apurou todas as informações enviadas pela funcionária e foram instauradas comissões internas em 2008 e 2009 "para averiguar indícios de irregularidades em contratos e pagamentos efetuados pela gerência de Comunicação do Abastecimento". A estatal diz ainda que o ex-gerente da área foi demitido por justa causa em 3 de abril de 2009, mas a demissão só foi efetivada em 2013 porque o contrato de trabalho estava suspenso em razão de seu afastamento por licença médica.

Segundo a nota, a área da estatal responsável por controles e auditorias não constatou irregularidades entre 2012 e 2014. "Como mencionado em comunicados anteriores, a Comissão Interna de Apuração constituída para avaliar os processos de contratações para as obras da RNEST concluiu as apurações e encaminhou o Relatório Final para os órgãos de controle e autoridades competentes", conclui a nota.

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