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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse neste domingo, 24, que apoia a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar como se deu a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. Em nota, Fernando Henrique afirmou que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), pré-candidato à Presidência da República, deve conduzir o tema em nome do partido, após a revelação de que a presidente Dilma Rousseff admitiu que desconhecia detalhes importantes do negócio, como uma cláusula que obrigava a estatal a comprar os 50% restantes da refinaria, se assim quisesse a sócia no empreendimento, a belga Astra.
"Os acontecimentos revelados pela imprensa sobre malfeitos na Petrobras são de tal gravidade que a própria titular da Presidência, arriscando-se a ser tomada como má gestora, preferiu abrir o jogo e reconhecer que foi dado um mau passo no caso da refinaria de Pasadena. Pior e fato único na história da empresa: um poderoso diretor está preso sob suspeição de lavagem de dinheiro", disse o ex-presidente, em nota divulgada na página da legenda na internet.
FHC, que governou o País entre 1995 e 2002, antecedendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cargo, defendeu na semana passada uma investigação técnica do tema. Neste domingo, em nota, afirmou que endossa a criação da CPI e a posição de Aécio, que deve disputar com Dilma as eleições de outubro.
"Sendo assim, mais do que nunca se impõe apurar os fatos. Embora, antes desse desdobramento eu tivesse declarado que a apuração poderia ser feita por mecanismos do Estado, creio que é o caso de ampliar a apuração. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, conduzirá o tema, em nome do partido, podendo mesmo requerer, com meu apoio, uma CPMI."
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