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O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), cedeu aos apelos da família do ex-deputado José Janene (PP-PR) e anunciou nesta quinta-feira, 21, que não vai mais apresentar agora o requerimento para exumar o corpo do ex-parlamentar, cuja morte foi oficialmente registrada em 2010. Motta só apresentará a solicitação para votação no colegiado depois de apreciar documentos que os familiares de Janene se comprometeram a entregar.
A filha de Janene telefonou para Motta na noite de quarta-feira, 20, e, nesta manhã, o advogado da família esteve com o parlamentar. Ambos prometeram ao presidente da CPI entregar documentos que comprovariam que o ex-deputado está realmente morto e sepultado. "Ela (a filha) me pediu para que a gente aguardasse, que a gente pudesse analisar primeiro a documentação", disse Motta. "O requerimento está aqui pronto. Em atenção à família, não irei apresentar. Houve esse apelo (feito pelos familiares). Vamos esperar a documentação chegar. Em a documentação não chegando ou ela sendo frágil, vamos prosseguir (com o pedido de exumação)", afirmou o deputado.
Na sessão de terça-feira, quando o deputado Julio Delgado (PSB-MG) disse que documentação do Incor (Instituto do Coração de São Paulo), onde Janene estava internado, poderia atestar a morte do ex-deputado, Motta afirmou que "o que vai dizer se ele está vivo ou morto é a exumação, não é um papel. Papel em branco aceita tudo".
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Inicialmente, Hugo Motta anunciou a exumação como certa, informando inclusive que iria formar uma comissão parlamentar para acompanhar o trabalho dos legistas. Ao ser criticado por parlamentares, decidiu que colocaria o requerimento em votação. Após conversar por telefone com o advogado da família, decidiu que apresentaria o requerimento, mas só o colocaria em votação após ouvir a viúva de Janene, Stael Fernanda. A solicitação para ouvi-la ainda não foi votada.
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