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O jurista Luiz Edson Fachin, nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (15) que vai decidir se participará o julgamento sobre perdas da caderneta de poupança com planos econômicos instituídos na décadas de 80 e 90. Fachin será empossado amanhã (16) no plenário da Corte. O STF aguarda a posse do jurista para voltar a discutir a questão, suspensa desde o ano passado.
Em entrevista com jornalistas nesta manhã, Fachin disse que atuou como advogado em um processo que questionou o prazo prescricional dos planos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). No entanto, o futuro ministro afirmou que não tomou decisão sobre a participação no julgamento. De acordo, com o regimento interno do Supremo, ele pode se declarar impedido de julgar ação por ter atuado como advogado em processos do mesmo assunto.
“Vou tomar posse e tomar pé desses processos, especialmente deste, e vou me inteirar disso. E em um momento oportuno vou manifestar minha decisão. E lhe digo com a maior transparência da alma possível, neste momento, não tenho uma convicção formada”, disse Fachin.
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Sobre a colaboração premiada, forma de investigação utilizada, principalmente, na Operação Lava Jato, Fachin disse que a delação deve ser usada somente com indício de prova. “Ela [delação] precisa ser secundada por outra prova idônea pertinente e contundente, que a gente tipifica para permitir o julgamento e apenamento de quem tenha cometido alguma infração criminal”, avaliou.
Indicado para o cargo pela presidenta Dilma Rousseff, Fachin teve o nome aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no dia 12 de maio e pelo plenário da Casa. Ele vai adotar o nome profissional de Edson Fachin. Professor de direito civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Edson Fachin é sócio-fundador de um escritório em Curitiba especializado em arbitragem e mediação no direito empresarial. O advogado é mestre e doutor em direito das relações sociais e tem pós-doutorado no Canadá.