Política

Espero que Cunha tenha as condições para se defender, diz ministro

Ainda segundo o ministro, o Planalto espera "paz política" para conseguir aprovar no Congresso as medidas do ajuste fiscal para que o país volte a crescer

Publicado em 09/11/2015 às 17:21

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O ministro Edinho Silva (Comunicação Social) afirmou nesta segunda-feira (9) que o governo espera que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), "tenha todas as condições de fazer a sua defesa" na Operação Lava Jato, na qual é acusado de receber propina e manter contas secretas no exterior.

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"Espero que ele possa se utilizar de todo o nosso aparato legal, que é o princípio do contraditório, para fazer sua defesa", afirmou Edinho.

Ainda segundo o ministro, o Planalto espera "paz política" para conseguir aprovar no Congresso as medidas do ajuste fiscal para que o país volte a crescer.

Como mostrou a Folha de S.Paulo nesta segunda, horas depois de Cunha reconhecer sua ligação com contas na Suíça que teriam sido irrigadas com dinheiro desviado da Petrobras, a ordem no Planalto foi desvincular a polêmica do governo Dilma Rousseff e tratar do tema como "assunto do Legislativo".

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Cunha é acusado de receber propina e manter contas secretas no exterior (Foto: Lula Marques/Agência PT)

A avaliação do governo é que o tema não pode virar um novo ponto de atrito com Cunha, que tem a prerrogativa de abrir ou não processo de impeachment contra Dilma.

Na sexta (6), mais de um mês após vir à tona que ocultou patrimônio na Suíça, Cunha reconheceu sua ligação com as contas suspeitas de terem sido irrigadas com recursos desviados da Petrobras. Ele disse que o dinheiro tem origem lícita.

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Segundo ele, a verba foi fruto de negócios que teria feito antes de entrar na vida pública, como a venda de carne enlatada para o exterior e investimentos em ações.

Desde que assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro, o peemedebista ajudou a articular derrotas importantes contra o governo e, em julho, declarou-se oficialmente rompido com o Planalto.

Agora, com as denúncias contra ele e o processo que corre no Conselho de Ética da Câmara e pode terminar com a cassação do mandato do peemedebista, Dilma teme o que chama de "imprevisibilidade" nas ações de Cunha.

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