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Quando desceu de um carro prata às 16h28 de ontem para chegar à Praça dos Emancipadores e, finalmente, retomar o posto de prefeita de Cubatão, Marcia Rosa (PT) tinha em mente que aquele ato poderia servir de jurisprudência para outros casos similares de chefes de Executivo espalhados por todo o País.
Marcia Rosa ficou fora do Palácio Piaçaguera por 35 dias, desde 27 de maio, por conta de questionamentos na Justiça Eleitoral apresentados pela coligação liderada pelo PSDB. O retorno contou com choro, abraços e beijos. Tudo ao som do refrão de ‘O portão’, eternizada por Roberto Carlos.
A prefeita subiu os degraus da Praça dos Emancipadores ouvindo funcionários públicos, amigos e políticos entoarem “Eu voltei agora pra ficar / Porque aqui, aqui é meu lugar”. Demorou quase meia hora para chegar ao gabinete.
Marcia fez questão de dar entrevista coletiva ao lado dos secretários municipais, do seu antecessor, Wagner Moura (PT), do seu vice, Donizete Tavares do Nascimento (PSC), e de sua mãe, Darcy. O tom foi o de esperança quanto ao futuro econômico do Município - ela vinha reclamando sistematicamente da perda de receita da Administração Municipal.
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2015 será um ano melhor para as finanças de Cubatão por conta da expectativa do aumento da arrecadação do ICMS.
O otimismo com relação ao próximo ano contrasta com a dificuldade de hoje. No segundo dia em que assumiu a Prefeitura, Wagner Moura enfrentou o sequestro de quase R$ 8 milhões por conta de precatórios (débitos a serem pagos obrigatoriamente pelo Governo).
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A prefeita não tem a noção do impacto de seu afastamento entre os moradores. E disse não saber precisar quando a Cidade voltará a ter estabilidade política. Marcia teme que parte dos cubatenses não tenha entendido o motivo que a tirou da Prefeitura. “Alguém pode pensar: ela saiu porque fez algo errado no Governo. E não foi isso. Foi por causa da disputa eleitoral”.
Agradecendo o empenho de Wagner Moura, ela deu a entender que mexerá no secretariado. Seu antecessor havia feito mudanças. Volta, agora, o estilo Marcia Rosa.
Posicionamento do ministro dá confiança ao Governo
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A oposição ao Governo Marcia Rosa vai entrar na segunda-feira com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para derrubar a liminar que mantém a prefeita e o vice-prefeito nos cargos. A Administração Municipal já sabe desse contra-ataque, mas confia na defesa feita em Brasília.
Segundo explicou a chefe do Executivo, “o ministro (João Otávio de Noronha) não apenas deu um parecer, mas apresentou um posicionamento sobre o caso. Isso pode gerar uma jurisprudência para o País”.
Marcia afirmou que é o momento de repensar questões eleitorais. “A pessoa vai a um culto, alguém tira uma foto e pronto. Vira propaganda eleitoral”.
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A “dor” vivida nessa experiência a tornou uma especialista no tema. “O Estado de São Paulo foi o que mais registrou cassação de prefeitos, seguido por Minas Gerais”, assinalou, para completar: “Acredito na Justiça do meu País”.
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