Política
Segundo o senador, a presidente só decidiu retirar Graça do posto depois que a dirigente divulgou que o prejuízo da companhia poderia chegar a R$ 88,6 bilhões
Continua depois da publicidade
Em vídeo divulgado no Facebook nesta quarta-feira, 4, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que Graça Foster teve de deixar a presidência da Petrobras por falar a verdade sobre os danos causados à estatal pela corrupção investigada na Operação Lava Jato.
Segundo Aécio, a presidente Dilma Rousseff só decidiu retirar Graça do posto depois que a dirigente divulgou, na semana passada, que o prejuízo da companhia poderia chegar a R$ 88,6 bilhões. "Falar a verdade não faz bem a ninguém neste governo", ironizou o senador.
Para divulgar o valor, Graça teve de bater de frente com representantes de governo, que não queriam que a estatal fornecesse estimativas oficiais sobre o assunto. Em outro vídeo também divulgado pelo tucano nas redes sociais, Aécio classificou a saída de Graça como "inevitável" e reiterou que a oposição vai trabalhar para instalar uma nova CPI para investigar o caso.
"Certamente que a presidente Graça perdeu as condições de continuar a frente da empresa, mas isso não significa que os maus feitos serão anistiados, ao contrário vamos investigá-los ainda com maior profundidade", disse. Ele também afirmou que Dilma insistiu na permanência de Graça à frente da estatal porque a presidente achou que assim "estaria blindada das irresponsabilidades e dos desvios que ocorreram na companhia".
Continua depois da publicidade
Mais cedo, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), também havia dado declarações nessa direção. Segundo ele, Graça só não havia saído antes porque ela estava lá para limpar "a barra do governo".
Continua depois da publicidade