Política

Em pouco mais de um mês Dilma vai a Minas, desta vez para entregar máquinas

Nesta quarta o evento foi realizado no parque de exposições de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A presidente evitou promessas de novos investimentos no Estado

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 26/02/2014 às 22:08

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A presidente Dilma Rousseff fez nesta quarta-feira, 26, entregas de máquinas a 209 cidades de Minas Gerais, principal reduto eleitoral do senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB na eleição presidencial de outubro. É a terceira vez que a petista visita o Estado em pouco mais de um mês e a segunda em nove dias em que prefeitos fazem fila para receber das mãos da presidente as chaves de equipamentos como motoniveladoras e caminhões-caçamba.

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Nesta quarta o evento foi realizado no parque de exposições de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ao contrário do que fez nas viagens anteriores a Minas - tanto este ano quanto em 2013 -, Dilma evitou promessas de novos investimentos no Estado, mas usou seu discurso de pouco menos de 30 minutos para elencar diversos programas e realizações do governo federal E ressaltou que os investimentos de sua gestão seguem um "critério republicano", o que considerou, sem citar nomes ou governos anteriores, "uma evolução no País".

"Nós não olhamos para a opção partidária do prefeito, para a opção futebolística, nem muito menos para a religiosa. Nós fomos eleitos pelo povo desse país. Assim, eu olho para o prefeito como um prefeito ou uma prefeita escolhido pelo povo", declarou a presidente. "Ele é escolhido pelo povo? Então, ele tem direito absoluto de tratamento igual, porque é o povo que tem direito ao tratamento igual", acrescentou.

Dilma fez a entrega de 138 caminhões-caçamba, 64 motoniveladoras e 24 caminhões-pipa - que representam investimento de R$ 67,5 milhões. Depois, avaliou que Minas, que teve Aécio Neves como governador por dois mandatos e agora é governada por seu sucessor, o também tucano Antonio Anastasia, é um Estado que "tem que ficar satisfeito" porque tem 92,8% de seus 853 municípios com menos de 50 mil habitantes, critério necessário para receber os equipamentos. "Não é um convênio, não é um empréstimo. É doação. Não vamos diminuir em uma vírgula o poder e a gestão que os municípios tenham sobre essas máquinas", disse.

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A presidente Dilma Rousseff em Betim, Minas Gerais (Foto: Douglas Magno/O Tempo)

A presidente observou que os 18 mil equipamentos que serão distribuídos pelo governo federal são adquiridos de indústrias instaladas no Brasil para "gerar investimento e renda", o que, segundo ela, é uma forma de fazer "a roda da economia girar de forma virtuosa". Dilma, que deve disputar a reeleição, ainda salientou que as doações são feitas de forma "picada" porque "as empresas estão explorando toda a capacidade que têm para entregar as máquinas".

Adversários

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A presidente Dilma ainda ganhou apoio inusitado. Mesmo sem ser beneficiário de doações, o prefeito de Betim, Carlaile Pedrosa (PSDB), fez rasgados elogios à gestão da petista. "Nunca imaginava que ia ter a oportunidade de agradecer a senhora por tudo que tem feito por nossa região, principalmente por Betim", declarou o tucano, que também destacou diversos programas federais. Seus correligionários, porém, preferiram manter os ataques à adversária na corrida presidencial. Por meio de nota, o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, acusou a petista de usar as doações para fazer campanha.

"Na prática, a presidente eleita para governar abandonou o posto para que a candidata Dilma Rousseff, usando a máquina pública, possa cumprir o seu calendário de viagens eleitorais", disparou o tucano. "São enormes os desafios que precisam ser enfrentados pela presidente da República. Mas ela parece não pensar assim. A presidente voltou a Minas para entregar mais caminhões. Seus correligionários dizem que virá toda semana. Haja caminhão! Aos mineiros cabe apenas achar graça e perguntar: de novo, presidente?", conclui a nota.

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