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Após a queda na pesquisa Datafolha e diante de um cenário eleitoral cada vez mais acirrado com os ataques e denúncias da oposição, a presidente Dilma Rousseff retomou nesta segunda-feira, 07, o tom político ausente em seus discursos recentes e rebateu críticas dos adversários em evento encerrado no início da noite em Contagem (MG).
Sem se referir diretamente às denúncias contra a Petrobras e contra o vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), Dilma afirmou que "é usual em pré-campanha e em campanha que haja uso de todos os instrumentos possíveis para desgastar governo", disse. "Nós temos experiência disso. Já enfrentamos isso em 2006, na reeleição do Lula, e em 2010, na minha eleição", afirmou.
A Petrobras será investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar, entre outras denúncias, a compra da refinaria de Pasadena, na Califórnia (EUA) e Vargas, que se afastou nesta segunda do Congresso e do mandato por 60 dias, é acusado de ter relações com o doleiro Alberto Yousseff, preso pela Polícia Federal na operação Lava Jato.
A presidente afirmou que o governo dela "continuará governando e mantendo caráter republicano" e encerrou o discurso com um recado aos adversários: "não iremos recuar um milímetro da disputa política quando ela aparecer".
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Campanha
Dilma estava acompanhada do ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel, provável candidato ao governo de Minas Gerais pelo PT, numa estratégia para dar visibilidade aos nomes do partido às disputas em Estados estratégicos.
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Nos três últimos eventos em São Paulo, para a entrega de casas do programa Minha Casa Minha Vida - em São José dos Campos, Bauru e São José do Rio Preto - a presidente esteve ao lado do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, nome que deve ser apontado pelo PT para concorrer ao governo paulista.
Os dois Estados são redutos do principal inimigo político petista, o PSDB. Ainda no evento em Contagem, o prefeito de Joaíma (MG), Donizete Lemos (PT), pediu apoio aberto aos prefeitos à reeleição de Dilma, independente de partidos. "A Dilma governa para todos e não escolhe partidos (...) tem de continuar, Dilma", concluiu Lemos. A presidente procurou reduzir o tom político do evento. "Este é um evento de governo".
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