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A reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas é "inadiável" e, sem ela, a entidade enfrenta "fragilidade" para lidar com temas atuais. A avaliação é da presidente Dilma Rousseff, que defendeu mudanças na estrutura de instituições internacionais em seu discurso na formatura de diplomatas, nesta quarta-feira (12).
"Temos sido intransigentes defensores dos direitos humanos, evitando que sua promoção se faça de forma seletiva e indevidamente politizada, o que invariavelmente penaliza os países em desenvolvimento e emergentes. Mas o pleno exercício desses valores (...) esbarra forte na fragilidade das Nações Unidas", afirmou a presidente em cerimônia no Palácio Itamaraty.
Para a presidente a "nova correlação de forças" no cenário internacional exige uma ampliação dos membros permanentes do grupo. "O mundo de hoje é muito diferente daquele de 1945, quando a ONU foi criada e seu Conselho de Segurança passou a ser encarregado de zelar pela paz e pela segurança", disse.
Somente assim, emendou, o organismo "passará a ter a eficácia que hoje sabemos que perde".
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Recursos
A necessidade de recursos para o exercício da diplomacia foi um dos temas mencionados pelo orador da nova turma de diplomatas do Itamaraty. A exemplo de outras pastas da Esplanada, o Ministério das Relações Exteriores passou por cortes em seu orçamento.
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"Entendemos ser essencial a disponibilidade de recursos que viabilize, a um só tempo, a prestação de uma assistência rápida e eficiente a nossas comunidades no exterior e a realização de atividades de interlocução política e de promoção comercial por parte das nossas embaixadas", afirmou o diplomata João Lucas Santana.
"Não devemos nos furtar ao dever de pleitear melhorias que nos possibilitem a manutenção de patamares mínimos de segurança e de bem-estar", afirmou em relação à atuação em postos no exterior.
Enquanto a cerimônia transcorria, um pequeno grupo de servidores, no lado de fora do prédio, usava buzinas para protestar por reajuste de auxílio familiar no exterior e pelo pagamento de residência funcional, entre outras reivindicações.
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Em sua fala, o chanceler Mauro Vieira também mencionou o tema. "Seguiremos racionalizando e dando maior eficiência a nossos gastos, em meio a um esforço mais amplo que vem sendo realizado por todos os setores do governo brasileiro. Queremos também conferir maior previsibilidade e estabilidade na nossa gestão de recursos e de pessoal", afirmou.
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