Política
Nos esclarecimentos prestados ao juiz federal Sérgio Moro, o ex-diretor afirmou que o pagamento de propina ocorria apenas nos contratos das empreiteiras que faziam parte do cartel
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Em depoimento prestado hoje (13) à Justiça Federal em Curitiba, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, considerou o prejuízo de R$ 88,6 bilhões, estimado com as perdas por corrupção na Petrobras, como um "equívoco gigantesco". Nos esclarecimentos prestados ao juiz federal Sérgio Moro, o ex-diretor afirmou que o pagamento de propina ocorria apenas nos contratos das empreiteiras que faziam parte do cartel nos contratos com a estatal.
"A Petrobras tem milhares de contratos. Os contratos que teve problema de propina foram os contratos das empresas do cartel. Eu listei [na delação ] 12 ou 13 empresas do cartel. Se olhar o número de empresas que tem contrato com a Petrobras, são centenas de empresas. Há um equívoco gigantesco nesse número que se fala aí", disse.
O levantamento sobre o prejuízo foi feito por consultorias independentes e indicou que a Petrobras teria acumulado prejuízo de R$ 88,6 bilhões com os casos de corrupção. No entanto, o valor foi desprezado, porque a metodologia foi considerada inadequada. Após a divulgação do número, a ex-presidenta da estatal Graça Foster renunciou ao cargo.
Costa foi ouvido na ação penal em que Nestor Cerveró e o empresário Fernando Soares são réus. Ele teria direito de ficar em silêncio, mas foi obrigado a responder as perguntas por ter assinado acordo de delação premiada.
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