Política
Ex-governador, que está para sair do PSDB, lidera todos os cenários em que aparece na preferência dos paulistas; Haddad, França e Boulos vêm na sequência
Geraldo Alckmin é ex-governador de São Paulo / Divulgação
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Geraldo Alckmin (ainda no PSDB, mas que já anunciou que deve mudar de partido) é o preferido do eleitor paulista para as eleições ao Governo de São Paulo de 2022 no cenário mais provável, que conta com Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL). Os números são da nova pesquisa Govnet/Opinião Pesquisa, encomendada pelo Grupo Gazeta de S.Paulo (responsável pelos jornais Gazeta de S. Paulo e Diário do Litoral) e divulgada nesta quinta-feira (4) para as eleições ao Palácio dos Bandeirantes.
Alckmin vence os adversários em todas as opções em que aparece na pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes aos eleitores.
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No primeiro cenário apresentado, ele está com 22,5% da preferência eleitoral, seguido por Fernando Haddad (PT, 12,5%), Márcio França (PSB, 11,7%), Guilherme Boulos (PSOL, 7,9%), Tarcísio Freitas (5%), Arthur do Val (Patriota, 3,4%), Vinicius Poit (Novo, 1,4%), Rodrigo Garcia (PSDB, 1%) e Elvis Cezar (PSDB, 0,5%). Já 15,6% dizem que anularão o voto. Os indecisos somam 18,6%.
Em dois cenários sem Alckmin, Fernando Haddad aparece na dianteira. Já sem Alckmin e sem o petista, o líder numericamente é Márcio França, em situação de empate técnico com Guilherme Boulos.
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Na pesquisa espontânea, em que o eleitor é questionado em quem votaria sem a revelação de qualquer nome de possíveis candidatos, o líder é o atual governador João Doria (PSDB), que, porém, não esconde o desejo de concorrer para a presidência da República.
A pesquisa Govnet/Opinião Pesquisa foi realizada por telefone com 814 eleitores de 168 municípios de São Paulo. O período de realização da coleta de dados foi entre 15 e 20 de outubro de 2021. A margem de erro para o total da amostra é de 3,4%, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Saída de Alckmin.
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Alckmin está dividido: ele tem conversas adiantadas com o PSD e também pode migrar para o União Brasil, partido que será formado com a fusão entre PSL e Democratas.
O ex-governador paulista tem atuado diretamente no campo nacional a favor do governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), nas prévias tucanas para a Presidência da República. Por isso, dizem interlocutores, ele não se desligou ainda do PSDB. Seria uma estratégia para desgastar o governador João Doria (PSDB) de dentro do partido nas prévias da sigla, que serão realizadas em 21 de novembro.
A comissão das prévias do PSDB impôs uma derrota a Doria. Segundo a decisão, 92 prefeitos e vice-prefeitos de São Paulo que tiveram suas filiações contestadas por apoiadores de Leite não terão direito a voto nas prévias. Caso perca a oportunidade de concorrer à presidência, há a possibilidade do atual governador tentar a reeleição no Estado, o que deverá mudar o cenário eleitoral paulista para 2022.
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Disputa na esquerda.
Com Guilherme Boulos dando indícios de que apoiará a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à disputa à presidência da República em 2022, havia a expectativa de parte do PSOL de que o PT abrisse mão de concorrer no Estado para juntar forças com Boulos na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. Essa possibilidade, porém, parece ter esfriado.
Líderes do PT vêm anunciando nos bastidores – e mesmo em público – de que devem apostar as fichas no nome de Fernando Haddad para tentar quebrar a hegemonia tucana no Estado. De acordo com o presidente estadual do PT em São Paulo, Luiz Marinho, Haddad é o nome mais forte para enfrentar os tucanos no ano que vem.
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“Qual é a pré-candidatura que tem a maior possibilidade de chegada? É a candidatura do PSOL, do PT? Hoje, o que está muito claro é que o Haddad tem maior possibilidade. Então se alguém tem que retirar para alguém, não seria a candidatura do Haddad”, afirmou ele, em entrevista ao portal Metrópoles há duas semanas. E finalizou com uma crítica aos parceiros no campo nacional: “O PSOL nunca nos apoiou”.
Alckmin supera qualquer adversário no segundo turno
Além de liderar em todos os cenários de primeiro turno em que aparece, o ex-governador Geraldo Alckmin (que está de saída do PSDB) também bate todos os adversários em um possível disputa de segundo turno ao Governo de São Paulo. Veja, na arte ao lado, todos os possíveis cenários de segundo turno analisados pela pesquisa Govnet/Opinião Pesquisa.
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