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Embora o nome da ex-senadora Marina Silva já seja dado como certo dentro do PSB para substituir Eduardo Campos na corrida presidencial, a oficialização só vai ocorrer na quarta-feira (20), durante reunião da Executiva Nacional do partido, em Brasília, com a presença dela. A dúvida agora é a definição do nome do vice para a chapa. O líder do partido na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), é o nome mais provável.
“O nome da Marina é unanimidade no PSB. Não tem nenhuma divergência em relação a isto”, garantiu à Agência Brasil o líder do partido no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF). De hoje até quarta-feira, a cúpula do PSB tenta fazer os últimos ajustes para definir um vice, mas o parlamentar vê consolidação em torno do deputado Beto Albuquerque. “Ele tem todas as características. É uma pessoa que está no projeto desde o início, é uma pessoa da confiança do Eduardo Campos, tem um bom trânsito com Marina. É do quadro orgânico do PSB”, justificou.
Ainda segundo o senador, no PSB não estão sendo impostas condições para que Marina assuma a liderança da chapa, a exemplo de permanecer filiada ao PSB depois do registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da Rede Sustentabilidade, partido que está sendo organizado pela ambientalista.
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“Ninguém vai exigir isso de Marina. Compromisso é compromisso. Marina entrou no PSB como Rede. Foi muito clara. Foi uma filiação democrática para uma coligação programática. É importante manter os compromissos que estão em torno do programa de governo. Sempre dissemos que nossa coligação é uma coligação programática, construímos junto de um programa de governo, e é isso que vai nos reger daqui por diante”, ressaltou Rollemberg.
Para evitar especulações em torno da decisão, a assessoria de Marina Silva decidiu manter em segredo o paradeiro dela durante o dia de hoje, “por conta da fase de consultas internas do partido", segundo foi informado à Agência Brasil. Do lado de Albuquerque, assessores não confirmam a indicação. O parlamentar, que acompanhou todas as cerimônias fúnebres em Pernambuco, foi hoje para o Rio Grande do Sul e é esperado na quarta-feira em Brasília.
Uma homenagem a Eduardo Campos vai marcar o primeiro programa do PSB na propaganda eleitoral gratuita que começa amanhã (19). O programa, no entanto, ainda não vai apresentar Marina Silva como sua substituta. Nos programas locais, homenagens também serão prestadas ao político, mas cada estado vai definir como será a abordagem. No Distrito Federal, os quase quatro minutos de propaganda reservada ao partido também serão inteiramente dedicados a Campos.
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Paralelamente às articulações para reorganizar a chapa liderada pelo PSB, a semana ainda deve ser de homenagens à memória de Eduardo Campos. Amanhã, às 12h15, será celebrada uma missa de sétimo dia para o ex-governador de Pernambuco na Catedral de Brasília, onde é esperada a presença de políticos de vários partidos.
Na quarta-feira (20), o presidente do Senado, Renan Calheiros, marcou sessão especial na Casa em homenagem a Eduardo Campos. Calheiros vai propor a concessão da Ordem do Mérito do Congresso ao ex-governador. A Câmara dos Deputados fará sua sessão especial de homenagem na primeira semana de setembro, durante o esforço concentrado.