Política

Dirceu é denunciado por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro

É a primeira acusação formal contra o ex-ministro, que está preso há um mês, oriunda da Lava Jato. A denúncia não quer dizer que o petista é culpado

Publicado em 04/09/2015 às 17:58

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Três anos depois de ser condenado no mensalão, o ex-ministro José Dirceu foi denunciado criminalmente mais uma vez nesta sexta-feira (4) pela força-tarefa da Operação Lava Jato, sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
É a primeira acusação formal contra o ex-ministro, que está preso há um mês, oriunda da Lava Jato. A denúncia não quer dizer que o petista é culpado. A Justiça agora irá decidir se acata ou não a denúncia. Se acatar, o processo é aberto, e Dirceu vira réu.

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Além dele, também foram denunciados seu irmão, Luiz Eduardo, sua filha Camila Ramos, seu ex-assessor Roberto Marques, o ex-sócio do ministro Julio César dos Santos, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, entre outros. Foram 17 denunciados no total.

Dirceu é acusado de receber propina da Petrobras, vinda de contratos de terceirização da estatal ou, ainda, de contratos de consultoria que sua empresa fechava com empreiteiras contratadas pela estatal. O executivo Gerson Almada, da empreiteira Engevix, está entre os denunciados.

Dirceu nega participação no esquema e diz que os pagamentos que recebeu de empreiteiras foram feitos por serviços de consultoria (Foto: Giuliano Gomes/ Estadão Conteúdo)

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Voos fretados, reformas de apartamentos e contratos fictícios de consultoria teriam sido pagos ao ex-ministro com dinheiro da Petrobras.

Segundo as investigações, o esquema teria movimentado R$ 59 milhões em propina, sendo que Dirceu e seus familiares foram beneficiários de R$ 11,8 milhões.

Na terça (1), o ex-ministro foi indiciado pela PF sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha, suspeito de receber dinheiro desviado de contratos do governo federal.

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Dirceu nega participação no esquema e diz que os pagamentos que recebeu de empreiteiras foram feitos por serviços de consultoria. Seu advogado, Roberto Podval, já classificou sua prisão como "política" e "sem justificativa jurídica".

Os denunciados

José Dirceu de Oliveira e Silva, ex-ministro da Casa Civil
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de Dirceu
Camila Ramos de Oliveira e Silva, filha de Dirceu
Roberto Marques, ex-assessor de Dirceu
Julio César dos Santos, sócio de Dirceu na JD Consultoria
Daniela Facchini, arquiteta que reformou casa do ex-ministro
João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT
Renato Duque, ex-diretor da Petrobras
Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras
Fernando Moura, lobista ligado ao PT
Olavo de Moura Filho, irmão de Fernando Moura
Gerson Almada, executivo da Engevix
Cristiano Kok, executivo da Engevix
José Antunes Sobrinho, executivo da Engevix
Júlio Camargo, empresário
Milton Pascowitch, operador
José Adolfo Pascowitch, irmão de Milton

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