Política
O Palácio do Planalto tem encontrado dificuldades para acomodar os ministros aliados do vice-presidente. A presidente considera abandonar a fusão entre Aviação Civil e Portos
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A presidente Dilma Rousseff (PT) está reunida novamente nesta quinta-feira (24) com o vice-presidente Michel Temer para concluir a definição do espaço que o PMDB ocupará na reforma administrativa.
O peemedebista chegou no final desta manhã ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, e deve viajar a São Paulo ainda nesta quinta-feira (24).
O Palácio do Planalto tem encontrado dificuldades para acomodar os ministros aliados do vice-presidente. Para solucionar o impasse, a presidente considera abandonar a fusão entre Aviação Civil e Portos e manter o ministro Eliseu Padilha.
O outro ministério foi oferecido à bancada do partido na Câmara dos Deputados, mas o governo federal avalia utilizá-lo para acomodar, a pedido do vice-presidente, o ministro Helder Barbalho (Pesca), cuja pasta deve ser extinta na nova configuração ministerial.
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Na bancada peemedebista, o nome mais cotado para o posto é o de Celso Pansera (PMDB-RJ), apontado por Alberto Youssef como "pau-mandado" do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
A petista também desistiu de extinguir Turismo para manter no cargo o ministro peemedebista Henrique Eduardo Alves.
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Em um aceno ao mercado, ela também avalia manter o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento), que criticou recentemente as medidas do pacote fiscal que diminuem os repasses ao Sistema S e reduzem a alíquota de abatimento do Reintegra.
A pasta chegou a ser oferecida ao PMDB do Senado Federal, que a recusou e passou a reivindicar a Integração Nacional.
Em uma tentativa de estancar a crise política, a presidente prometeu entregar cinco ministérios ao PMDB, entre eles o da Saúde para garantir o apoio da sigla a seu governo e evitar que dissidentes apoiem o impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados.
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A avaliação do Palácio do Planalto, no entanto, é de que o aceno ao PMDB dá fôlego momentâneo ao governo federal, mas não afasta a possibilidade de ser aberto um processo de afastamento da petista.
Com as indefinições, a tendência é de que a reforma administrativa seja anunciada apenas na semana que vem, quando a presidente retornará dos Estados Unidos.